Aiatolá Ali Khamenei, o líder supremo do Irã acredita que após o acordo nuclear, os Estados Unidos tramaram para se “infiltrar” no país persa, conforme suas últimas declarações à imprensa. Por isso, ele quer manter um Parlamento sempre disposto a fazer frente aos EUA. O 9º país da atual Classificação da Perseguição Religiosa parece não ter retrocedido em sua política severa e antiocidental.
Dezenas de artistas, jornalistas e empresários, incluindo iranianos com dupla cidadania norte-americana ou britânica, foram presos como parte da repressão à “infiltração ocidental”. De acordo com relatórios do Portas Abertas, já contabilizaram mais de 70 líderes cristãos que também estão presos no país.
Ainda de acordo com o site do ministério, não existem expectativas de mudanças nas leis que impõem o islã e bloqueiam a liberdade religiosa. Se Khamenei abandonar o cargo por conta de seus atuais problemas de saúde, o conselho pode decidir que Ahmad Jannati, de 90 anos, ocupe o seu lugar.
Restrição para os Cristãos
Pelo fato de Jannati ser um líder ainda mais conservador e severo que o atual, a decisão contraria os políticos mais moderados da República Islâmica. Então, para os cristãos iranianos, se acontecer alguma mudança, provavelmente será para restringir ainda mais as atividades da igreja.
O simples fato de difundir o evangelho no país pode acabar em prisão ou morte. Segundo o site, os cristãos são condenados por divulgar o evangelho. Um exemplo disso foi a prisão de quatro pessoas, além de serem condenadas por “agir contra a segurança nacional” enquanto participavam de um piquenique entre cristãos.
Apesar disso, o Ministério Portas Abertas encoraja a todos a continuar em oração pela localidade. No mês de junho, cinco cristãos foram libertados e Maryan Zargaran conseguiu licença médica para ser tratada fora da prisão.
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