Um ataque por homens armados e desconhecidos causou a morte de pelo menos nove cristãos na manhã da última terça-feira (5), na região leste da República Democrática do Congo (RDC). Fontes locais contatadas pela “World Watch Monitor” disse que os assaltantes invadiram as comunidades Tenambo, Nzanza e Mamiki, perto de uma base militar nos arredores da cidade de Oicha.
Armados com pistolas e facões, eles saquearam casas, levaram a comida e o gado como despojos. O incidente foi confirmado pelas forças de segurança e do administrador de território de Beni, Bernard Amisi Kalonda, que disse que o número de mortos pode subir durante as pesquisas sobre as vítimas.
O leste da Leste da RDC tem sido assolada pela violência, com 1.116 mortos entre outubro de 2014 a maio 2016, de acordo com ONGs locais. Mais 1.470 pessoas foram sequestradas, dizem eles, enquanto mais de 34 mil famílias foram deslocadas à força. Também houve numerosos casos de violência sexual contra mulheres e crianças.
A área é quase 96% cristã e o impacto da violência tem sido imenso. Um pastor na área afetada pelo ataque do dia 5 de julho disse que todas as vítimas, incluindo um ancião de sua igreja e cinco mulheres, eram cristãos.
O ataque provocou pânico e muitos fugiram da área para procurar refúgio em áreas mais seguras de Oicha. Um ativista local disse que as forças de segurança não estão dando atenção aos avisos de um ataque iminente, depois que folhetos foram distribuídos em Beni e nas áreas próximas.
"As autoridades deveriam ter tomado algumas medidas para combater o inimigo", disse Teddy Kataliko para a mídia local. "Hoje, eles penetraram no centro da capital do território de Beni, e criaram desolação. Acreditamos que é hora de agir em todo o Oicha e Beni para evitar algo ainda pior", ressaltou.
As três comunidades atacadas por rebeldes estavam a apenas 200 metros de uma posição do exército, e cerca de três quilómetros de uma base da ONU. Apesar dos tiros e pedidos de ajuda, ninguém interveio, disseram fontes locais.
Outro ativista não identificado disse à mídia local que algumas pessoas pensaram que estavam sendo atacadas pelos militares. "Eles estavam usando um uniforme completo com lenços árabes ao redor de seus pescoços e faixas vermelhas em torno de suas cabeças", disse o ativista. "O exército sempre pede à população para colaborar, mas quando o fazem, nada acontece", lamentou. Um porta-voz militar negou as acusações.
Quem são os assassinos de Beni?
O governo congolês sempre atribuiu a responsabilidade pelos ataques aos militantes islâmicos das Forças Democráticas Aliadas. Mas um relatório publicado em 21 de março pelo Grupo de Pesquisa do Congo, um grupo independente ligado à Universidade de Nova York, lançou dúvidas sobre essa avaliação.
O relatório, intitulado de "Quem são os assassinos de Beni?", diz que um número de atores e interesses têm alimentado a crise no leste da RDC. Em vez de um grupo islâmico externo motivado por vingança, os rebeldes da ADF forjaram laços fortes com grupos locais e milícias ao longo de 20 anos de insurreição em torno de Beni, ele diz. Somando-se a crítica de que o exército congolês tem sido passivo frente a violência, o relatório afirma que o governo congolês não coloca esforço suficiente para enfrentar a crise.
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