Os cristãos e seus temas devem voltar a ser destaque e pautar as discussões durante as eleições de 2014 para Presidente do Brasil. Segundo o Censo Demográfico 2010, a população evangélica no Brasil está em franco crescimento, já constitui atualmente 22,2% da população brasileira. Tal crescimento tem colocado os evangélicos em destaque e tornado os assuntos tipo por essa parcela da população como importantes, pautas constantes nos debates e promessas eleitorais.
A força dessa parcela do eleitorado ficou evidente na última terça feira, com o anúncio da criação de um comitê evangélico por parte da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
O professor de Sociologia da Religião da Universidade Metodista de São Paulo, Dario Paulo Barreira Rivera, comenta o aumento da presença de temas sensíveis à população evangélica nos debates eleitorais afirmando que pautas de cunho moral, como a proibição do aborto e do casamento homoafetivo, que marcaram os debates de 2010, deverão retornar aos palanques este ano.
Apesar da exposição recente na mídia e da presença cada vez mais constante de pastores e outros líderes evangélicos em cargos eletivos, a influência evangélica na política não é recente, como explica Dario Rivera.
– Desde a década de oitenta, os pentecostais, e dentro deles, principalmente, a Assembleia de Deus e a Igreja Universal, passam a participar da política eleitoral – explica o professor, segundo o site O Povo.
A professora de pós-graduação da Universidade Metodista de São Paulo e especialista em comunicação e religião, Magali do Nascimento Cunha, também comenta tal influência, comentando sobre o surgimento da bancada evangélica no congresso.
– A bancada evangélica surgiu no Congresso Constituinte de 1986. A partir dali ela se consolidou como força, o que resultou na criação da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) em 2003 – resume a professora, que observa, porém, que o perfil conservador dos parlamentares evangélicos é algo recente.
– A novidade é o forte tradicionalismo moral que trouxe para si a defesa da família e da moral cristã contra a plataforma dos movimentos feministas e de homossexuais, valendo-se de alianças até mesmo com parlamentares católicos – explica Magali Cunha, afirmando que no início de suas atuações políticas, os evangélicos se preocupavam mais com a criação de feriados e de benefícios para seus templos.
A professora comenta também que a pauta conservadora que dará a tônica a boa parte dos debates nessas eleições já se iniciaram, na verdade, em 2013, quando o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
– Todos os desdobramentos daquele episódio, incluindo a realização de marchas de evangélicos a Brasília e em capitais de estados do País, estabeleceram a pauta conservadora que trabalha para frear todo avanço em termos de concessão de direitos sexuais – avalia a professora.
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