Um grupo de 100 pastores norte-americanos formou uma coalizão para divulgar um manifesto no qual afirmam que os direitos exigidos pelos ativistas gays não podem ser comparados aos direitos e liberdades civis.
A iniciativa dos pastores foi motivada pela decisão de um juiz que considerou “irracional” e anulou o resultado de um referendo que definia o casamento como a união entre um homem e uma mulher. A votação foi realizada em 2004 e alterou a Constituição do estado de Michigan.
O magistrado Bernard Friedman, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, considerou a votação que aprovou a mudança da Constituição como discriminatória contra os direitos de gays, lésbicas e transexuais.
No entanto, o procurador-geral do estado Bill Schuette apelou da decisão de Friedman a uma instância superior e pediu o restabelecimento do que foi decidido pela população através do voto.
O grupo de líderes evangélicos que divulgou o manifesto é formado em sua maioria por pastores negros, que disseram sentirem-se ofendidos com a comparação do juiz com a luta dos homossexuais à luta dos negros pelos direitos civis.
“Afirmar que a redefinição do casamento é de alguma forma semelhante ao movimento dos direitos civis é intelectualmente vazio e desonesto”, disse o pastor Stacy Swimp. “Quando foi que alguém da comunidade LGBT foi linchado publicamente, excluído e obrigado a mudar de seu bairro, proibido de sentar-se em um júri, ou teve negado o direito de processar os outros por causa de suas preferências sexuais?”, questionou, fazendo referência às limitações que os negros enfrentavam por conta do racismo.
Já o pastor James Crowder disse que a decisão fazia parte de uma conspiração: “O juiz Friedman sancionou a encenação de uma história falsa. No palco são muitos atores que fingem que redefinir o casamento tradicional é tão válido quanto negros lutando contra a carnificina da escravidão e da humilhação. Nunca tinha sido tão insultado. A cortina deve ser puxado para baixo neste jogo de desinformação”, lamentou.
Por fim, o grupo de pastores reafirmou sua postura de entendimento que a Bíblia classifica a homossexualidade como pecado: “Nós não vamos seguir homens que preferem acreditar em uma mentira do que na verdade. Nós não podemos e não vamos apoiar qualquer um que descaradamente blasfeme contra a Palavra de Deus e leve as pessoas na direção errada”.
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