Líderes cristãos entregaram uma carta ao presidente Donald Trump na última terça-feira (16), reforçando o pedido para a Embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém, em reconhecimento à cidade como capital de Israel e em honra de uma lei dos EUA.
A carta, elaborada pelo grupo 'Líderes Cristãos Americanos por Israel' (ACLI) - supervisionado pelo sede norte-americana da 'Embaixada Internacional Cristã de Jerusalém' - citou a Ato da Embaixada de Jerusalém de 1995, que reconhece Jerusalém como "a sede da Presidência, Parlamento e Suprema Corte de Israel, e o local de numerosos ministérios e instituições sociais e culturais".
A legislação, promulgada nos EUA em outubro de 1995, afirma que os EUA opera suas embaixada nas capitais de todos os países, exceto Israel e que deve mudar sua embaixada para a capital de Israel, (citada como sendo Jerusalém, devido à sua relevância e conforme o Ato de 1995). No entanto, a aplicação desta legislação foi renunciada a cada seis meses pelos antigos presidentes dos EUA.
"Nós escrevemos para respeitosamente solicitar sua ação rápida para cumprir uma promessa especial que você fez, e que os Estados Unidos fizeram há mais de vinte anos para um dos nossos mais importantes aliados", afirma a carta entregue ao presidente Donald Trump.
"Como líderes cristãos que, coletivamente, falam em nome de cerca de 60 milhões de americanos, acreditamos que chegou a hora, finalmente, de defender a lei americana, movendo a Embaixada dos EUA para a capital eterna e indivisível de Israel: Jerusalém", acrescentou o documento.
O documento também reforça que Israel é o único aliado fiel dos Estados Unidos no Oriente Médio e que o Ato de 1995 não deve mais tardar.
"Agora vamos pedir-lhe para enviar uma mensagem no início de sua administração, que os Estados Unidos vai realmente honrar o seu aliado democrático mais forte, único e verdadeiro no Oriente Médio, respeitando a sua capital Jerusalém, e imediatamente mover a Embaixada dos Estados Unidos para lá. A implementação do Ato da Embaixada de Jerusalém de 1995 não deve ser adiada nem fazer contingente em qualquer futuro acordo de paz", diz a carta.
A carta foi assinada por 60 líderes cristãos, como o Dr. Jerry Johnson, presidente e CEO da National Religious Broadcasters; Tony Perkins, presidente do Conselho de Pesquisa da Família; Dr. James Dobson, fundador e presidente da organizações 'Family Talk' e 'Focus on the Family'; Dr. Charles Stanley, presidente da 'In Touch Ministries'; Dr. John Hagee, fundador e presidente da organização 'Cristãos Unidos por Israel'; Kay Arthur, fundador do 'Ministério Preceito'; Susan Michael, diretora da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém; e Gordon Robertson, CEO da 'The Christian Broadcasting Network'.
Mudar a Embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém foi uma das promessas de campanha do presidente Donald Trump.
Alguns dos assessores do presidente também o estão encorajando a cumprir sua promessa e mudar imediatamente a embaixada norte-americana para Jerusalém. No entanto, funcionários do Departamento de Estado, o Departamento de Defesa e da comunidade de inteligência estão aconselhando que ele ainda não o faça, dizendo que seria "prejudicial para o processo de paz e poderia gerar riscos regionais mais amplos", informou a CNN.
Estados Unidos, Rússia e Terrorismo
Trump, que ainda tem que decidir sobre o assunto, está enfrentando uma controvérsia com relação à partilha de informações estratégicas sobre o Estado Islâmico com as autoridades russas, na semana passada.
H. R. McMaster, assessor de segurança de Trump, disse que a divulgação de informações ao chanceler russo, Sergei Lavrov foi "totalmente adequada e é compreensível a partilha de rotina de informações entre o presidente e todos os líderes com os quais ele está envolvido".
Trump teria informado a Lavrov sobre um plano de bombardeio do Estado Islâmico, que incluía incluindo uma cidade na Síria, onde a informação foi coletada. Israel foi citada como a fonte das informações estratégicas de Trump, entregues ao chanceler russo, segundo o New York Times.
Autoridades israelenses expressaram preocupaçoes de que as informações compartilhadas com Lavrov por Trump poderiam ter comprometido um dos seus agentes. No entanto, no meio da controvérsia, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Liberman enfatizou os "profundos, significativos" laços entre Israel e os EUA, informou a Reuters.
"A relação de segurança entre Israel e o nosso maior aliado, os Estados Unidos é profunda, significativa e sem precedentes", disse o ministro da Defesa Avigdor Lieberman, no Twitter.
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