O evento realizado na última quinta-feira (13) na Wheaton College, nos Estados Unidos, visando discutir soluções de enfrentamento ao abuso sexual infantil, reuniu vários líderes religiosos, entre eles o pastor e escritor Max Lucado e também a pastora Beth Moore, que revelou ter sido violentada quando era criança.
Moore falou que a igreja foi o seu “porto seguro”, lugar onde ela se sentia mais protegida, mas que apesar disso percebeu que não recebeu todo o suporte que poderia, caso o assunto “abuso sexual” fosse discutido como qualquer outro na congregação.
“Eu sou uma sobrevivente. Minha casa era um lugar inseguro. Minha igreja era meu porto seguro. Mas poderia ter feito diferença se esse porto seguro não tivesse sido apenas um lugar para se esconder, mas um lugar para se curar”, disse ela.
A cura, segundo a pastora, significa tratar o assunto com transparência e lidar com às consequências psicológicas, físicas ou mesmo jurídicas das vítimas de abuso sexual.
Morre sugere que a igreja não deve ser apenas um espaço de acolhimento silencioso, mas ativo, onde pessoas possam compartilhar desses problemas sabendo que serão amparadas em todos os aspectos possíveis da vida.
“Para um grande número de mulheres e meninas, homens e meninos, a igreja tem sido um lugar inseguro. Isso não deveria mudar com tudo o que ficamos sabendo? Com tudo o que vimos e ouvimos? Deus nos ajude, pois o julgamento começa com a Sua casa”, destaca a evangelista.
Já para Christine Caine, fundadora do ministério que combate o tráfico humano “A21” e que também sofreu abuso sexual na infância, a igreja tem a responsabilidade de denunciar casos de abuso sexual e lidar auxiliar suas vítimas, e não ocultá-los.
“Se mantivermos uma coisa em oculto, vamos acabar mantendo muitas coisas em oculto”, alerta Caine, endossada por Max Lucado, que também compartilhou seu testemunho no evento, segundo informações do Christian Today.
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