O pastor Rinaldy Damanik, que muitos acreditam ter sido acusado injustamente de porte ilegal de armas, finalmente recebeu permissão para viajar para Jacarta para tratamento médico. Rinaldy foi internado várias vezes no hospital do Exército da Salvação em Palu, desde meados de abril, sofrendo de graves problemas renais. Os médicos acreditam que ele precisa ser operado com urgência e, para isso, as instalações adequadas só existem em Jacarta.
Os membros de sua equipe de apoio lutaram com as autoridades para obter permissão para a transferência do Reverendo para um hospital na capital. Após dias de negociação, as autoridades finalmente concordaram, no dia 3 de maio, com a transferência de Rinaldy para Jacarta. Ele seria acompanhado por dois guardas da prisão de Maesa, onde está sendo atualmente mantido, um médico, sua esposa e a filha.
O Dr. Jerry Bororing, que tem acompanhado o estado de Rinaldy, acredita que ele esteja sofrendo de nefrotiase no rim direito, e uretrolitiase no esquerdo. No hospital, o pastor sentiu dores agudas e febre alta. Os médicos dizem que seu estado piorou devido à demora no tratamento médico adequado.
Na terça-feira, 20 de abril, Mona Saroinsong - membro da administração do Centro de Crise CC-SAG de Sulawesi do Norte e principal membro da equipe de apoio de Rinaldy - disse à Portas Abertas que: O pastor saiu agora do hospital e está de volta à sua cela. Ele está melhor, mas não completamente recuperado. De acordo com o médico, ele precisa ser operado, mas o hospital de Palu não está equipado para isso, assim, isso tem de ser feito em Jacarta.
O mais importante é que não temos dinheiro para isso, acrescentou ele. Ele tem de esperar até que tenhamos recursos para fazê-lo. Por favor, continuem orando por ele.
Rinaldy voltou no mesmo estado para o hospital Woodward, no dia 25 de abril. Mona disse que: Parece que ele apenas tentou agüentar-se e tenta parecer saudável, mas na verdade... não está recuperado.
No dia 30 de abril, o Dr. Jerry estava determinado a transferir Rinaldy para Jacarta, apesar das conseqüências, temendo que qualquer atraso no tratamento pudesse ser fatal. Entretanto o pastor recusou-se a deixar o hospital sem a autorização das autoridades. Numa conversa por telefone com Mona, Rinaldy disse que preferiria ficar do que implicar o hospital e o pessoal da prisão numa transferência ilegal.
No sábado, 1 de maio, ele pediu para ser levado de volta à sua cela. Entretanto, teve febre alta naquela noite e períodos de inconsciência mais demorados do que antes, de acordo com os guardas da prisão, que o levaram de volta para o hospital Woodward às 9h00 da manhã de 2 de maio.
O Dr. Jerry mais uma vez orientou que Rinaldy fosse levado para Jacarta para tratamento imediato, mas ele recusou-se a sair porque uma carta oficial de permissão ainda não fora dada. A tensão era grande na sala de emergência porque alguns insistiam que o pastor fosse levado ao aeroporto, até que Rinaldy começou a cantar: Eu quero seguir a Jesus, eu quero seguir a Jesus para sempre. Apesar da dor e sofrimento, eu seguirei a Jesus para sempre. Num telefonema, o Dr. Jerry disse: Ele é um verdadeiro servo de Deus que realmente ama a paz.
A equipe de advogados de Rinaldy apresentou os documentos necessários à Diretoria Geral dos Assuntos Prisionais no Departamento de Justiça e Direitos Humanos no dia 27 de abril mas, de acordo com Mona, o pedido foi tratado como uma bola de pingue-pongue. Os oficiais do departamento saíram depois para um torneio de tênis em Bandung no dia 28 de abril, deixando o escritório deserto sem ninguém para atender ou processar os documentos.
A permissão foi finalmente concedida na segunda-feira, 3 de maio, deixando o futuro do pastor um pouco mais claro. Entretanto, Mona e outros membros da equipe de apoio pediram que continuem as orações por Rinaldy e sua família, que precisam de dinheiro para pagar a cirurgia.
O próprio pastor vê este incidente como uma amostra do problema maior no sistema judicial da Indonésia. Se este pequeno problema, apesar de ser de fato uma questão de vida ou morte, não pode ser resolvido adequadamente pelo sistema, imagine o grau de falência com relação a questões maiores de justiça e violação da lei, disse ele, numa conversa por telefone com Mona. O sistema é de fato um custo a este país e a seu povo.
Rinaldy, uma importante figura nas negociações de paz entre as comunidades muçulmana e cristã em Poso, foi condenado pelas acusações de porte ilegal de armas no dia 16 de junho de 2003. A acusação data de um incidente no dia 17 de agosto de 2002, quando seu comboio de ajuda humanitária foi parado pela polícia, que vasculhou o seu veículo. Dias depois, a polícia alegou ter encontrado armas de fogo e munição no veículo e pediu à Alta Corte que indiciasse o pastor.
O processo legal foi aberto em fevereiro de 2003. Várias testemunhas da promotoria admitiram no tribunal que a polícia as tinha pressionado para que depusessem negativamente contra Rinaldy. O juiz Somanada admitiu que o procedimento legal não fora seguido. Entretanto, Rinaldy foi considerado culpado e recebeu um sentença de três anos de prisão, que deverá terminar em setembro de 2005.
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