O pastor Prince Simon estava em casa com sua esposa Teresia e dois filhos pequenos quando um grupo de seis indivíduos chegou à sua casa por volta das 19h. Disseram que não queriam cristãos em Zanzibar e ordenaram que a família saísse da ilha.
"Respondi a eles que não iríamos sair, porque tínhamos o direito legal de residir em qualquer lugar do país. Eu também disse a eles que tínhamos comprado a propriedade da igreja e não deixaríamos de fazer a obra de Deus ".
A resposta enfureceu o grupo, que começou a bater e chutar Prince. Quando Teresia tentou intervir, também recebeu golpes. Pela graça de Deus, nem o pastor nem sua esposa tiveram ferimentos graves, mas a briga aterrorizou a filha de quatro anos, Asti, e o filho de seis anos, Festus.
Além disso, o dono da casa alugada por Prince pediu à família para desocupar o imóvel após o ataque. No momento, a família acampa no prédio inacabado de sua igreja até que possam encontrar uma acomodação.
A congregação de Prince é proprietária da terra em que estão construindo a igreja, onde eles têm prestado culto há oito anos. Durante esse tempo, sofreram diversas ameaças e exigências verbais para fechar a igreja. Mas nunca haviam sido agredidos fisicamente. "Acreditamos que as pessoas que nos atacaram foram influenciadas por radicais que circulam pela ilha pregando ódio contra os cristãos", disse Prince à Portas Abertas por telefone.
O pastor relatou o incidente à polícia. No entanto, quando Teresia e seu marido se encontraram na delegacia com aqueles que os haviam atacado decidiram retirar todas as acusações. "Achamos que foi a coisa certa a fazer. Dissemos a eles, na presença dos policiais, que não daríamos continuidade ao assunto porque não queríamos criar qualquer nova inimizade na sociedade." Os agressores ficaram surpresos e prometeram deixá-los em paz.
Prince pediu oração por sua congregação que tenta lidar com a crescente hostilidade. "Nossa igreja, situada no meio de uma área dominada por muçulmanos, tem crescido de forma lenta e continua pequena. Acreditamos firmemente que o nosso trabalho aqui não será em vão. Mas alguns membros foram afetados negativamente pelo incidente e pararam de frequentar os cultos. Tenho procurado esses membros, incentivando-os a não desistir e permanecerem fortes, porque Deus é poderoso", conta ele. "Temos de manter o testemunho cristão aqui. Por favor, ore por nós."
Simon e Teresia são gratos pelo apoio que receberam da Portas Abertas e do fórum dos pastores locais que os visitaram logo após o ataque. “Deus os abençoe abundantemente por mostrarem tanto amor! A preocupação a nós mostrada tem nos encorajado grandemente. É maravilhoso saber que as pessoas se importam conosco e não vamos desanimar. Vamos continuar servindo a Cristo aqui", concluiu Prince.
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