O pastor Marcos Pereira concedeu depoimento à Justiça na tarde de ontem, 17 de junho, na primeira audiência do processo por estupro movido contra ele pelo Ministério Público.
A audiência aconteceu na 1ª Vara Criminal de São João de Meriti, na baixada fluminense. Em seu depoimento, o pastor negou ter estuprado as vítimas e acusou pessoas ligadas à ONG Afroreggae de orquestrarem as acusações contra ele.
Aparentando estar mais magro e abatido, Marcos Pereira teve um novo pedido de liberdade provisória negado pelo juiz. Aproximadamente 200 fiéis da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) compareceram ao local para acompanhar o depoimento e prestar apoio ao pastor.
As testemunhas de acusação disseram que se sentiam obrigadas a manter relações sexuais com o pastor porque o viam como um “homem de Deus”. De acordo com o G1, nenhuma das acusações foi comprovada pelos acusadores.
Em sua defesa, testemunharam a esposa do pastor, Ana Madureira Silva, e uma suposta vítima, que havia sido arrolada ao processo como acusadora, mas voltou atrás e se apresentou como testemunha de defesa.
Embora sua esposa e a segunda mulher tenham se retratado e retirado as acusações, uma resolução do Supremo Tribunal Federal (STF) impede que o processo seja anulado. O texto da súmula afirma ainda que “quando o estupro é cometido com violência real, a ação penal passa a ser incondicionada, ou seja, passa a ter como autor o Ministério Público, independentemente da vontade da vítima”.
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