O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) usou sua página no Facebook para tecer duras críticas ao governo brasileiro pelo não cumprimento de metas nas obras que seriam o legado da Copa do Mundo para a população.
De acordo com Feliciano, o esforço das autoridades em garantir que os estádios fiquem prontos para a disputa dos jogos não esconde o fracasso nas questões essenciais para a sociedade.
“A dois dias do início da Copa do Mundo nossos elefantes brancos estão prontos para ser palco das festividades. Todos em padrão FIFA, ainda que com detalhes de acabamento mal-acabados. Ainda assim, as arenas nas 12 cidades-sede estão aptas a receber os jogos. Porém, o que mais preocupa a FIFA – ainda que não tenha nada com isso – são as questões ligadas a mobilidade urbana, acesso aos locais do evento, os serviços de transporte nos municípios, a segurança e tudo aquilo que o Governo esqueceu de finalizar”, disparou.
O pastor ainda lembrou que a falta de investimentos em transporte público, por exemplo, tem feito os paulistanos reféns dos grevistas e do trânsito caótico: “A maior cidade do país está em caos, com os metroviários parados. Lembro que São Paulo é o palco para a abertura do evento esportivo. Além das ameaças de grupos militantes em boicotar o Mundial”.
Feliciano citou o exemplo da África do Sul, que sediou a última edição da Copa do Mundo, para ilustrar que os investimentos mal direcionados são desperdício de dinheiro público: “A África do Sul tem um dos estádios mais bonitos do mundo. Mais precisamente na Cidade do Cabo. A construção faz lembrar uma onda, além de ter sido projetado para ter iluminação natural, reduzindo os gastos com energia elétrica. A Cidade do Cabo é a segunda maior cidade da África do Sul, com 3,5 milhões de habitantes. Porém, o estádio tornou-se um elefante branco no meio da cidade africana. Com uma agenda vazia e aluguel caro, o investimento para erguer o estádio, com custo superior a 1 bilhão de reais, é um ‘ralo’ jogando dinheiro público anualmente”, escreveu o deputado, antes de parafrasear o economista Milton Friedman: “Se colocarem o governo para administrar o deserto do Saara, vai faltar areia em 5 anos”.
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