O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) resolveu reagir ao protesto hostil que foi feito contra ele num avião em pleno voo e enviou ofício à Polícia Federal (PF) solicitando a instauração de um inquérito para investigar a postura dos manifestantes.
Na ocasião, Feliciano estava acompanhado de seu assessor e cantor Roberto Marinho, e alguns ativistas cantaram a música “Robocop Gay”, dos Mamonas Assassinas, com coreografias insinuantes e insultos.
No ofício, o deputado federal solicita “providências no sentido de instaurar Inquérito Policial para apurar fatos”, e diz que o protesto foi desrespeitoso: “Fui atacado por um grupo de rapazes que se portavam de forma deseducada e com trejeitos aparentes de homossexuais, com ataques a minha pessoa, inclusive, com contato físico, me tocando, causando danos a minha pessoa, perturbando meu sossego”.
Marco Feliciano diz ainda que, caso os fatos não sejam apurados, é possível que o desrespeito ao cargo que ocupa se torne algo generalizado: “Ações desse tipo, em reação a minha atuação parlamentar causa um grande mal a democracia em nosso Pais, e serve de mau exemplo para os jovens”, diz o pastor.
No documento enviado à PF, Feliciano ressalta que “o Comandante ameaçou retornar o vôo para Brasília-DF” por medo “de um tumulto generalizado”. O deputado diz ainda que não prestou queixa imediatamente após o desembarque em Guarulhos-SP por falta de tempo hábil: “Fui contatado por agentes da Policia Federal que me orientaram a dirigir-me ao posto da PF no aeroporto para registrar os fatos, o que não foi possível no momento devido ao tempo exíguo do novo embarque para o destino final onde tinha um compromisso contratual para ministrar palestra para milhares de pessoas”.
O deputado se mostrou surpreso com a atitude dos ativistas em publicar o vídeo do que chamou de “agressão”: “Os mesmos agressores de forma acintosa, e certos da impunidade, postaram Vídeo, em anexo, gravado por eles mesmos, na internet, vangloriando-se da agressão e citando a não ação da própria Policia Federal, como se vivêssemos num Pais sem lei, e que todos os passageiros do voo, seus tripulantes e o Comandante fossem também obrigados a passar por esses riscos sem nenhuma reação das autoridades”.
O ofício foi enviado por Feliciano à PF na última terça-feira, 13 de agosto, e publicado por sua assessoria na página do pastor no Facebook.
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