O pastor Andrew Brunson, libertado após passar quase dois anos preso na Turquia, chegou aos Estados Unidos no sábado (13). Recebido pelos filhos na base da Base de Andrews, foi imediatamente para a Casa Branca, onde conversou com Donald Trump e diversos políticos.
Brunson, 50 anos, admitiu que temia ser condenado a 35 anos de prisão. “Esse tempo [na cadeia] foi difícil para ele, mas vimos que o Senhor realmente interviu”, disse sua esposa Norine, que o acompanhava.
“De uma prisão turca para a Casa Branca em 24 horas, isso não é ruim”, brincou Trump. “Você realmente lutou por nós, de maneira incomum”, agradeceu Brunson, “sabemos que você se envolveu”. No final do encontro, os dois ajoelharam e o pastor orou pelo presidente, o maior responsável pela sua libertação.
Desde que foi preso, em outubro de 2016, Brunson esteve no centro de uma queda de braço diplomática entre Washington e Ancara. O governo de Recep Erdogan o acusava de fazer parte de uma “rede de terrorismo” que tentou dar um golpe de Estado. O líder evangélico, que pastoreou por mais de 20 anos uma pequena igreja na cidade de Izmir, sempre negou qualquer envolvimento político.
O pastor americano Tony Perkins, membro da Comissão Internacional sobre Liberdade Religiosa, acompanhou o julgamento no tribunal turco na sexta-feira. Ele conta que havia forte pressão para que deixassem Brunson sair do país. “Precisávamos tirá-lo de lá antes que [o presidente] Erdogan ou alguma autoridade mudasse de ideia.”
Em uma questão de horas, os dois foram até o apartamento de Brunson, juntaram pertences e correram para o aeroporto. Um avião militar os levou para a Alemanha, onde pode fazer exames no hospital militar norte-americano. Na madrugada, partiu para os EUA.
A libertação de Brunson era considerada uma das prioridades para os evangélicos que trabalham próximos a Trump, como o vice-presidente Mike Pence e Tony Perkins.
Por sua vez, o presidente considera uma vitória diplomática para sua administração. Através do Twitter, ele disse que não havia feito nenhum acordo com a Turquia. Nos últimos meses, por causa da prisão de Brunson, o governo americano havia executado sanções econômicas que afetaram a lira turca.
No encontro de hoje, cercados por senadores e funcionários do governo, o pastor garantiu que orava por Trump e sua família com frequência. “Eu preciso de oração provavelmente mais do que qualquer outro nesta sala”, admitiu o bilionário. O pastor ajoelhou-se e intercedeu para Deus desse “sabedoria sobrenatural” ao governante, através do Espírito Santo, para ter um governo de justiça. Com informações de Washington Post
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