Uma multidão de extremistas hindus atacou um culto, em Mayapuri, Estado de Madhya Pradesh, em 4 de junho. Os cristãos que estavam no local foram arrastados até um templo hindu próximo, onde os extremistas tentaram forçá-los a reverenciar os deuses locais. Entretanto, o pastor é que foi acusado de "insultar crenças religiosas".
Entre os 15 cristãos que a polícia levou em custódia, o pastor Jagdish Bharti, de 27 anos, da Comunidade Betel, foi acusado de insultar crenças religiosas "com intenção deliberada e maliciosa de ultrajar" sentimentos religiosos.
Ele foi libertado mediante o pagamento de fiança de 20 mil rúpias (435 dólares) na tarde de 6 de junho. Os outros 14 cristãos haviam sido libertados depois de quatro horas de interrogatório no domingo, 4.
"A polícia também provocou uma cena na delegacia, colaborando com os fundamentalistas e incentivando-os a me baterem na próxima vez que me pegarem evangelizando", contou ao Compass o pastor Jagdish.
Sua audiência está marcada para o dia 18 de junho.
Invasão
O culto matutino que reunia 25 pessoas em Mayapuri, no distrito de Ujjain, tinha começado havia uma hora, quando, às 11 horas, um bando de 50 homens do Bajrang Dal, braço jovem do grupo extremista hindu Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), ajuntou-se do lado de fora da casa de Ramesh Thakur e começou a gritar palavras de ordem contra os cristãos.
Eles ordenaram que o pastor saísse para encontrá-los. Acusando-o de destruir a fé hindu, eles exigiram que o pastor Jagdish renunciasse à sua fé em Jesus e aceitasse o deus Bajrang, ou Hanuman, como o único a ser cultuado.
Logo depois, os extremistas invadiram a casa e forçaram os que estavam lá dentro a acompanhá-los até um templo hindu próximo dali, onde fizeram com que os cristãos se ajoelhassem diante dos deuses.
Entre os participantes do culto estavam nove mulheres e uma criança, que também foi molestada. As mulheres foram ameaçadas de estupro caso não parassem se freqüentar os cultos cristãos.
Um ativista do RSS registrou uma queixa na polícia contra o pastor Jagdish, acusando-o de "forçar conversões" e de causar desarmonia social com base religiosa.
Ameaças e vigilância
O pastor Jagdish e Ramesh, dono da casa onde acontecia o culto, vinham recebendo ameaças nos últimos três meses para que parassem com os encontros, segundo fontes, que informaram também que os extremistas hindus mantinham as reuniões sob vigilância, observando atentamente as atividades e ficando de olho em todos os participantes.
O padre Anad Muttungal, porta-voz da Conferência dos Bispos de Madhya Pradesh, disse ao Compass que as prisões foram parte de uma estratégia dos fundamentalistas hindus para denegrir os cristãos no distrito de Ujjain e por todo o Estado.
"Essas falsas acusações apenas permitem que o governo do Estado reforce sua intenção de tornar ainda mais severas as leis anticonversões", disse Muttungal. "De fato, sempre que tais incidentes ocorrem, o ministro-chefe, na verdade, ameaça os cristãos de que irá tornar a lei mais severa".
O Estado já possui uma lei que declara ilegais as conversões forçadas, mas o ministro-chefe de Madhya Pradesh, Shivraj Singh Chouhan, afirmou recentemente: "Se for preciso, consideraremos emendar a lei para torná-la mais efetiva".
John Dayal, secretário-geral do Conselho Geral dos Cristãos da Índia, declarou: "Nesses estados pró-hindus, governados pelo BJP, a máquina administrativa é viciada e toma partido dos elementos "hindutvas" (nacionalistas hindus) contra os cristãos".
John Dayal convoca grupos da sociedade civil para socorrer a comunidade cristã.
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