Depois de passar quase um mês na cadeia no tenso Estado de Rajasthan, um missionário ligado à missão Evangelho para a Ásia (GFA, sigla em inglês) e outros cristãos foram libertados, depois de terem sido falsamente acusados de matar uma criança.
Apesar de o caso não estar encerrado, a GFA comemorou a notícia. A missão, que apóia milhares de missionários nativos e planta igrejas na Índia e em toda a Ásia, declarou à agência BossNewsLife que o problema começou depois que uma criança de pouco mais de um ano, que sofria de uma doença crônica, morreu quando recebia cuidados médicos.
"Quando a criança morreu, um grupo de fundamentalistas hindus viu uma oportunidade de responsabilizar os cristãos, incluindo o missionário Kasota, que tinha plantado uma igreja na região", completou a GFA.
A organização alegou que "aparentemente membros do grupo aconselharam os pais da criança morta a atirar o corpo da criança contra algumas pedras, quebrando seus ossos. Então, eles levaram o corpo para a perícia médica. Sob pressão do grupo extremista, o médico assinou com relutância um falso atestado, que trazia 'assassinato' como causa da morte".
Depois que os pais registraram queixa, o pastor Kasota e nove outros membros da igreja foram presos. O caso foi levado perante um juiz, que libertou os cristãos, entretanto, o presidente da GFA, K.P. Yohannan, disse que eles aguardam uma nova audiência.
O Estado de Rajasthan, sob controle hindu, tem presenciado um dramático aumento nos ataques violentos contra os cristãos. Os líderes da Hopegivers International e da Missão Emmanuel, dois dos maiores grupos missionários na Índia, estão escondidos por temerem ser assassinados.
Militantes hindus também têm ameçado ocupar todos os orfanatos e igrejas desses grupos. A GFA informou a ocorrência de um outro incidente, que, segundo a missão, aconteceu no mês passado. Uma multidão enfurecida de militantes hindus interrompeu violentamente a exibição de um filme cristão em Haryana, onde um grupo tinha se reunido no pátio da casa de um cristão para assistir ao filme "Homem do Perdão", que trata da vida de Jesus.
Os militantes "de repente se aproximaram com ameaças e começaram a agredir os dois jovens missionários que dirigiam a reunião", disse a GFA. "Outros cristãos tentaram intervir, mas não obtiveram sucesso em dissipar a multidão violenta. As agressões e ameaças continuaram até que finalmente, cerca de 45 minutos depois, a polícia chegou e conseguiu controlar a situação".
Logo depois, cerca de mil pessoas cercaram a casa do cristão "gritando slogans anticristãos e ameaçando os ocupantes da casa", mas depois, "miraculosamente", deixaram o local, sem provocarem incidentes.
Apesar dos empecilhos, a GFA disse acreditar que milhares de estudantes conseguirão se graduar neste mês na Faculdade Bíblica GFA e começar "um ministério de tempo integral e partir para o campo missionário".
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