Em uma pequena série de mensagens, o pastor Ed René Kivitz leu os desabafos de três famosos pastores evangélicos que mostraram sua insatisfação com o estado atual da igreja evangélica no Brasil e, de certa forma, afirmaram ter se desligado dela.
Intitulado “Está Insuportável”, o primeiro desabafo lido por Kivitz foi o do pastor Caio Fábio. Em seu desabafo, Caio Fábio critica, entre outras coisas, o que ele classifica como um “retrocesso à Lei” da fé cristã no Brasil, que ensina uma fé baseada em sacrifícios, e não na Graça de Deus.
-É insuportável ver o culto à fé na fé, e também assistir descarados convites feitos em nome de Deus para que se façam novos sacrifícios, visto que o de Jesus não foi suficiente, e Deus só atende se alguém fizer voto de frequência ao templo, e de dinheiro aos sacerdotes do engano e da ganância – afirma Caio Fábio.
O pastor critica também os chamados “métodos de crescimento” de igrejas, e as constantes mudanças nas formas da fé cristã, motivadas pelos chamados “novos moveres”. Ele fala ainda sobre líderes cristãos que criam títulos para si mesmos, mas que professam uma fá vazia e “não têm coragem de botar a cara para apanhar, mesmo que seja pela verdade e pela justiça do evangelho do reino de Deus”.
-De Deus não se zomba, pois aquilo que o homem semear, isto também ceifará. A eternidade está às portas. Então todos saberão que não minto, mas falo a verdade, conforme a Palavra do Evangelho de Jesus – finaliza Caio Fábio.
O segundo desabafo lido por Ed René foi o do pastor Ricardo Gondim, e leva o título de “Estou Cansado”.
– Não, não me afadiguei com Deus ou com minha vocação. Continuo entusiasmado pelo que faço; amo o meu Deus, bem como minha família e amigos. Permaneço esperançoso. Minha fadiga nasce de outras fontes – inicia Gondim, afirmando que seu cansaço reside sobre “o discurso repetitivo e absurdo dos que mercadejam a Palavra de Deus”.
Ricardo Gondim concentra suas críticas à religiosidade pregada pelas igrejas evangélicas brasileiras que, segundo ele, fazem uma leitura simplista das escrituras e se utilizam de correntes de oração e campanhas para encherem seus templos.
– Canso com a leitura simplista que algumas correntes evangélicas fazem da realidade. Sinto-me triste quando percebo que a injustiça social é vista como uma conspiração satânica, e não como fruto de uma construção social perversa. (…) Não aguento mais cultos de amarrar demônios ou de desfazer as maldições que pairam sobre o Brasil e o mundo – afirma o pastor.
Gondim critica também o fato de a literatura lida por muitos evangélicos brasileiros ser baseada puramente em obras estrangeiras traduzidas, que nada tem a ver com a cultura ou a forma de viver a fé do brasileiro. Ele afirma ter se cansado também dos constantes escândalos envolvendo pastores evangélicos, que cria uma imagem distorcida da fé evangélica no Brasil.
– Pode ser que outros estejam tão cansados quanto eu. Se é o seu caso, convido-o então a mudar a sua agenda; romper com as estruturas religiosas que sugam suas energias; voltar ao primeiro amor. Jesus afirmou que não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a alma. Ainda há tempo de salvar a nossa – finaliza Gondim.
Por último, Ed René Kivitz lê o desabafo do pastor Ariovaldo Ramos. Intitulado “Não Quero Mais ser Evangélico”, o texto do pastor se inicia fazendo uma dura crítica ao estado atual da igreja evangélica no Brasil que, segundo ele, distorceu completamente o significado de ser evangélico no país.
– Ser evangélico, pelo menos no Brasil, não significa mais ser praticante e pregador do Evangelho (Boas Novas) de Jesus Cristo, mas, a condição de membro de um segmento do Cristianismo, com cada vez menor relacionamento histórico com a Reforma Protestante – o segmento mais complicado, controverso, dividido e contraditório do Cristianismo. O significado de ser pastor evangélico, então, é melhor nem falar, para não incorrer no risco de ser grosseiro – inicia Ariovaldo Ramos em seu desabafo, afirmando ainda: “Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é e ensinou”.
Em seu texto de desabafo, Ramos chama os cristãos a voltarem à simplicidade do evangelho e “à convicção de que ser cristão é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.
Ariovaldo Ramos critica os incontáveis títulos eclesiásticos criados por líderes evangélicos para se promover e também os métodos de crescimento adotados por muitas denominações evangélicas.
– Deixemos o crescimento para o Espírito Santo, que acrescenta dia a dia os que haverão de ser salvos, sem adulterar a mensagem. (…) Não quero mais ser evangélico, como o é entendido hoje nesse país. Quero ser só cristão. Um cristão integral, segundo a reforma e os pais da igreja. Adorando ao Pai em espírito e em verdade. Comungando, em busca da prática da unidade do novo homem, criado por Cristo à sua imagem, e praticando a missão integral – finaliza Ramos.
Ed René finaliza a leitura dos desabafos afirmando concordar com a posição defendida pelos pastores, e os classifica como homens que tem tentado verdadeiramente andar com Deus.
– Lendo esses três desabafos, eu também aproveito para publicamente bater uma estaca de concordância, e fazer um tributo de gratidão a três irmãos dentre tantos na igreja no nosso país e que tem me orientado na fé e que tem me ensinado o que é ser cristão. São homens diferentes, cada um com sua história, cada um com sua dor, cada um com sua fé, cada um com sua experiência com Deus, cada um com seu pecado, oculto ou revelado; mas homens que tem tentado andar com Deus, e homens de quem eu tenho andado perto o suficiente para acreditar que, de fato, eles tem feito o que podem para andar com o Senhor – finaliza Ed René Kivitz.
Deixe seu Comentário abaixo:
O Seminário Gospel oferece cursos livres de confissão religiosa cristã que são totalmente à distância, você estuda em casa, são livres de heresias e doutrinas antibiblicas, sem vinculo com o MEC, são monitorados por Igrejas, Pastores e Teólogos de Grandes Ministérios totalmente baseado na Santa Palavra de Deus, ao final você recebe DOCUMENTAÇÃO INTERNACIONAL valida no âmbito religioso.