ÍNDIA – No dia 11 de março, o Pastor Tulsi estava saindo de sua casa, por volta das seis da tarde, quando foi atacado por extremistas hindus. Ele foi terrivelmente espancado e depois levado a uma delegacia de polícia, onde os extremistas registraram uma falsa queixa contra ele. O pastor foi preso pelas supostas acusações de ferir sentimentos religiosos.
O Pastor Tulsi é da região de Damoh, no Estado de Madhya Pradesh, e trabalha desde o ano passado como evangelista no Time Evangélico Indiano (IET, sigla em inglês) na área de Maksi, distrito de Ujjain.
Além dos ferimentos visíveis causados pelas agressões físicas causadas pelos extremistas, o pastor também foi espancado pelos policiais dentro da delegacia.
O pastor declarou à Portas Abertas: “Eu fui espancado dentro e fora da delegacia de polícia.” Relatos também confirmam que as autoridades forçaram-no a assinar seu nome em papéis em branco.
A queixa
A falsa queixa contra Tulsi alega que ele estava de passagem para algum lugar e resolveu parar na casa de Rajesh Lodhi, identificado como o autor da reclamação, para pedir um copo de água.
Enquanto Lodhi ia em busca do pedido, Tulsi teria invadido a casa e pressionado a família de Lodhi a deixar o hinduísmo e aceitar o cristianismo. Ele teria também profanado imagens dos deuses hindus e dito à família que se eles se tornassem cristãos, teriam empregos melhores.
Enfurecidas, as pessoas teriam levado Tulsi para a delegacia de polícia, onde o pastor foi preso.
A Portas Abertas falou com o subinspetor de polícia, Sanjay Verma, que pareceu ser claramente contra Tulsi. Ele declarou que apesar de Tulsi ter sido detido às seis da tarde no dia 11 de março, sua prisão só se deu no dia seguinte, depois de uma investigação feita por ele mesmo.
Influência de extremistas hindus
Quando questionado sobre a motivação religiosa por trás da história, Verma tentou se esquivar da pergunta, mas confirmou que há a influência de grupos extremistas hindus.
Sanjay Verma também informou quais foram as acusações feitas contra Tulsi. Ele foi acusado com base nas seções 295 A e 153 A do Código Penal Indiano. As duas seções tratam da ofensa aos sentimentos religiosos, crimes considerados inafiançáveis.
Assim que recebeu a notícia da prisão do pastor, a Portas Abertas entrou em contato com a delegacia de polícia local e também com o superintendente de polícia para registrar sua preocupação. Nossa equipe também alertou a Comissão Minoritária de Madhya Pradesh sobre o incidente e pediu ajuda.
Um membro da equipe esteve presente com Tulsi quando a polícia o apresentou diante de um magistrado.
A Missão Portas Abertas conseguiu falar com o pastor, que se sentiu fortalecido pela presença e pelo apoio da comunidade cristã, e agradeceu a todos que têm orado por sua libertação.
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