Pastor é acusado de discriminação por não realizar casamento gay
Homossexuais querem mudança nas diretrizes da Igreja Metodista
A denominação Metodista Unida experimentou esse ano uma grande divisão interna por que parte dos seus pastores e bisposaceitaram realizar casamentos de homossexuais em seus templos. Um concílio para discutir o caso e possivelmente mudar as diretrizes da denominação está marcado para 2016.
Ao longo de 2014, a maioria dos Estados americanos, incluindo a Carolina do Norte, reconheceram o direito dos gays se casarem no cartório. A medida causou grande polêmica, levando inclusive juízes a pedirem demissão por se negarem a realizar as cerimônias civis.
No início do mês, dois gays que frequentam a Igreja Metodista Unida de Green Street, na cidade de Winston-Salem, Carolina do Norte, apresentaram uma denúncia ao bispo da denominação. Sua queixa é que o pastor da igreja contrariou as diretrizes da igreja ao se recusar a realizar a cerimônia de casamento deles no templo.
Kenny Barner e Scott Chappell, que estão juntos há nove anos, acusam o pastor Kelly P. Carpenter de “discriminação”. Barner e Chappell reconhecem que nem todas as igrejas metodistas realizam casamentos gays, mas como membros antigos da igreja, têm o direito de serem atendidos.
Tanto Chappell quanto Barner acreditam que há uma contradição no chamado Livro de Disciplina da igreja, que proíbe que o pastor demonstre “preconceito de raça ou gênero”. Ao mesmo tempo, insta que os pastores e líderes “ministrem a todas as pessoas”.
O pastor Carpenter disse que não irá realizar casamento de pessoas do mesmo sexo enquanto estiver a frente daquela igreja. A queixa foi encaminhada ao bispo Larry Goodpaster, um dos líderes da Igreja Metodista Unida no Estado. Até o momento, não há uma posição pública da denominação quando ao caso.
Ainda há muita controvérsia interna sobre o assunto. Recentemente, John Lemperis, um influente líder metodista e diretor do Instituto de Religião e Democracia, disse recentemente: “Mesmo os estudiosos liberais da Bíblia concordam que o Antigo e o Novo Testamentos são muito claros em sua desaprovação moral da prática homossexual”, escreveu ele.
“As Escrituras pintam um quadro bonito do casamento como um pacto sagrado de autodoação entre o homem e a mulher… Nós nos submetemos a Jesus como Senhor… Se Ele é verdadeiramente o Senhor, então nenhuma área de nossa vida pode estar fora do seu controle. Jesus falou claramente sobre a necessidade de fazeemos sacrifícios pessoais radicais para servi-lo. Isso inclui não ceder aos desejos que tentam nos dominar”.
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