O pastor Cai Zhuohua e outros dois parentes cristãos, que foram considerados culpados, em 8 de novembro, "por práticas comerciais ilegais" foram intimados a comparecer a um segundo julgamento, em 30 de novembro. As razões para a segunda audiência continuam obscuras.
Também pediram para que Hu Jinyun, um outro membro da família, comparecesse. Ela não foi condenada no primeiro julgamento.
Espera-se que o veredicto saia no dia 20 de dezembro, conforme um artigo da China Aid Association (CAA).
As acusações contra Cai, sua esposa Xiao Yunfei e o irmão dela Xiao Gaowen foram feitas depois que os agentes de segurança pública invadiram, em setembro de 2004, um galpão contendo mais de 237 mil cópias da Bíblia e outras publicações religiosas.
A cunhada de Cai, Hu Jinyun, foi acusada de "esconder bens ilegais" depois de ter depositado 80 mil yuans - recebidos de Xiao Yunfei - em uma conta bancária pessoal.
Hu Jinyun escapou da sentença depois de apresentar evidências para a polícia, disse a agência Reuters.
Durante a primeira triagem, os advogados de defesa argumentaram, dizendo que os livros foram impressos para livre distribuição através das redes de igrejas domésticas, e que, portanto, não deveriam ser considerados um "negócio lucrativo", como foi alegado pelo governo.
Os juízes rejeitaram esses argumentos e sentenciaram Cai a três anos de prisão; sua esposa foi condenada a dois anos, e seu cunhado, a 18 meses de prisão.
Um secretário da corte visitou então Cai no centro de detenção Qinghe e avisou-o de que sua sentença aumentaria se ele "irritasse" os juízes com um apelo. Por receber uma grande pressão, Cai e sua família retiraram o apelo.
Hu Jinyun foi informada sobre a segunda audiência apenas 48 horas antes que ela acontecesse no dia 30 de novembro. Pediram para que alguns dos advogados de defesa não participassem dessa sessão.
Os quatro advogados, entretanto, participarão da sessão que trará o veredicto no dia 20 dezembro, junto com mais duas pessoas de cada uma das famílias dos acusados.
Os réus sofreram tortura e foram interrogados ao serem detidos em setembro de 2004. O CAA soube que membros do Departamento de Segurança do Estado e do Departamento de Segurança Pública (PSB) interrogaram Cai quase 90 vezes, de setembro de 2004 a outubro deste ano. Esses interrogatórios foram quase sempre realizados durante a madrugada.
Hu Jinyun contou que a polícia ameaçou os quatro réus com bastões de choque elétrico e forçaram-nos a assinar seus nomes em folhas de papel em branco, com diferentes datas.
Hu Jinyun e a mãe de Cai estavam sendo observadas desde o fim do primeiro julgamento; elas também foram acusadas de traírem a pátria depois de darem entrevistas para a mídia estrangeira.
O advogado de Xiao Yunfei, Gao Zhisheng, também foi intimidado. No dia 22 de novembro, a CAA recebeu uma carta aberta escrita por Gao, falando sobre estar sendo vigiado e sobre estar sendo ameaçado juntamente com sua esposa e sua filha de 12 anos.
Gao também afirmou que carros da polícia seguiam o seu diversas vezes, às vezes batendo no seu veículo e colocando a sua vida em risco.
Conforme o CAA, há pouco tempo Gao decidiu se tornar cristão.
O advogado de Cai, Zhang Xingshui, se ofereceu para defender 29 líderes de igrejas domésticas que foram presos em uma reunião no condado de Xincai, província de Henan, em 12 de dezembro. O encontro foi feito aparentemente para discutir um programa cristão de assistência social para as vítimas da AIDS na região.
Os funcionários do Departamento de Segurança Pública apareceram com um mandato de busca e afirmaram que o encontro era uma reunião religiosa ilegal.
No dia 13 de dezembro, algumas horas depois que Zhang ofereceu seus serviços e a CAA emitiu uma nota jornalística, todos os 29 cristãos foram libertados - embora três motos e um telefone celular, confiscados na invasão, não tenham sido devolvidos.
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