No julgamento do massacre do Carandiru, a defesa dos 15 policiais militares acusados de serem responsáveis pela morte de quatro dos 111 detentos mortos na invasão ao presídio em outubro de 1992, evocou a Deus para que o júri os absolvesse. A ação da Polícia Militar visava conter a rebelião na Casa de Detenção, que à época, abrigava 7 mil presos em condições precárias.
“Esses homens não seriam capazes de cometer um crime na Casa de Detenção”, afirmou o advogado Celso Machado Vendramini, ex-policial militar e responsável pela defesa dos réus.
Numa tentativa de sensibilizar o júri, Vendramini mencionou Deus: “Não tenho ideologia. Se os promotores acreditarem em Deus”, dizia o advogado, quando foi interrompido pelo promotor Eduardo Olavo Canto Neto: “Não matarás, doutor”. De acordo com informações do Jornal do Brasil, Vendramini rebateu a fala demonstrando estar contrariado: “Não pensem que vão (promotores) escapar da lei do carma. Tem gente que vai queimar no fogo do inferno”.
Na opinião do advogado, os réus foram prejudicados pelo estigma do regime militar: “Esqueçam a ditadura. Esqueçam as atrocidades. Vamos julgar homens, seres humanos, pais de família. Não quero absolver por absolver. Que culpa tem os PM’s se o Estado falhou? Vamos deixar isso de lado. É um pensamento típico de revanchismo da esquerda”, argumentou.
Para o advogado, a condenação dos policiais que estavam cumprindo ordens é uma distorção de valores: “A situação [dentro do presídio] não era tão suave como o Ministério Público tentou mostrar aqui. Não sou nenhum imbecil para dizer que não houve excesso lá dentro. Estou lutando contra um sistema […] Os policiais agiram no estrito cumprimento do dever legal e ficaram entre a cruz e a espada. Policiais que deveriam ser homenageados estão sentados no banco dos réus. Eu não consigo entender o que está acontecendo no Brasil hoje”, disse.
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