O Papa Bento XVI disse em seu discurso de ano novo a diplomatas de quase 180 países que a união homossexual é um “tema crucial” e que ameaça a humanidade.
O pontífice não se referiu diretamente à união homossexual, porém afirmou de forma enfática que políticas que enfraquecem a família tradicional, formada por um homem e uma mulher, podem prejudicar a humanidade como um todo.
Falando sobre educação, Bento XVI afirmou que “ela representa, portanto, uma tarefa de primeira importância nesse momento difícil e exigente. Além de um objetivo claro, de liderar os jovens a um conhecimento completo da realidade e, portanto, da verdade, a educação precisa de definições”.
Essa seria apenas uma introdução para o tema polêmico, envolvendo família e união tradicional: “Entre as definições, um lugar de destaque vai para a família, baseada no casamento entre um homem e uma mulher. Isso não é uma simples convenção social, mas sim a célula fundamental de cada sociedade. Consequentemente, políticas que minam a família ameaçam a dignidade humana, bem como seu futuro”, pontuou o Papa.
Os protestos de cristãos contra o casamento gay se estendem por vários países, e a Igreja Católica tem marcado posição contra as iniciativas que visam a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Um dos principais ativistas pró-família dos Estados Unidos, o arcebispo católico Timothy Dolan (que será consagrado cardeal pelo Papa Bento XVI), publicou uma carta aberta ao presidente Barack Obama, criticando-o por não ter apoiado uma proibição federal ao casamento gay, afirmando que a omissão dele poderia “precipitar um conflito nacional de enormes proporções entre a Igreja e o Estado”.
No Brasil, o deputado federal e ativista gay Jean Wyllys afirmou em seu perfil no Twitter que o Papa Bento XVI era um “genocida em potencial”, por sua postura contrária à união homossexual. “Bento XIV – o papa suspeito e acusado de ser simpático ao nazismo – disse que o casamento civil igualitário é uma ameaça à humanidade”, escreveu o deputado, que afirmou esperar “que os estados laicos do Ocidente não cedam à pressão” do líder católico.
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