Cristãos que tenham que lidar com a revelação de um filho ou parente homossexual não devem abandoná-los. Essa é a visão compartilhada por um importante líder evangélico dos Estados Unidos.
Andrew T. Walker, diretor de pesquisa e membro sênior da Comissão de Ética e Liberdade Religiosa (ERLC) da Convenção Batista do Sul – tida como a maior denominação protestante do planeta – palestrou na conferência anual da ERLC em Grapevine, Texas (EUA), na última quinta-feira, 11 de outubro, e aconselhou a postura amistosa.
“Não os abandone. Eu não sei como esse pensamento venenoso infectou o evangelicalismo, mas no meu papel na ERLC eu ouvi de pais que têm uma criança gay ou lésbica ou transgênero que pensam isso porque seu filho está se identificando como um dessas categorias […] e [entendem que isso] significa que precisam abandoná-los e bani-los ”, disse Walker.
O compromisso com a visão bíblica não significa afastar quem não se encaixa no que a Palavra de Deus cobra: “Se você tem essa atitude em relação aos outros, você deve crucificá-la. Se você tem essa atitude sobre o seu filho, você precisa crucificá-la. Aqui está o porquê: porque não há nada, repito, nada que possa anular o relacionamento entre um pai e uma criança”, contextualizou.
Assim como diversas lideranças evangélicas alertam, Walker afirmou que muito do que envolve a questão do transgenerismo tem natureza política e observou que não se trata apenas de uma questão de “guerra cultural”, mas uma série de outros fatores: “Como cristãos não podemos deixar isso apenas nesse nível, temos que entender que isso é uma questão de amor ao próximo, é uma questão de dignidade humana, é uma questão de florescimento humano, é uma questão em que a vida das pessoas vulneráveis estão na linha, mas também é uma questão e um teste de autoridade bíblica”, disse.
Segundo informações do portal The Christian Post, Walker publicou um livro recentemente chamado God and the Transgender Debate (‘Deus e o debate transgênero‘, em tradução livre), que se concentra em aceitar indivíduos transgêneros, enquanto se opõe à ideologia transgênero. “Este livro caloroso, fiel e cuidadoso ajuda os cristãos a entender o que a Bíblia diz sobre identidade de gênero. Isso nos ajudará a nos envolver com amor, reflexão e fidelidade com uma das discussões culturais mais explosivas de nossos dias”, diz a descrição da obra na Amazon.
Outro líder cristão participante da conferência, Phillip Bethancourt, comentou que há famílias “em crise” por conta dessa nova realidade em que pessoas aos montes aderem ao universo LGBT, e que por isso é preciso que a Igreja como um todo esteja pronta para saber lidar com as adversidades e aconselhar com sabedoria.
“Há casamentos entrando em novas temporadas. Existem desafios para os pais que você pode estar enfrentando que você nunca pensou que iria encontrar em tão tenra idade”, disse Bethancourt. “Ou talvez na sua igreja, há um telefonema que você vai receber enquanto estiver aqui, sobre uma atualização devastadora com o casamento ou a família que vai quebrar seu coração. Acreditamos que o Evangelho tem uma resposta para todos E é por isso que estamos aqui esta semana”, concluiu.
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