Antes do início das audiência das testemunhas de acusação do processo referente à Operação Monte Carlo, no Tribunal da Justiça Federal, em Goiânia, nesta terça-feira (24) familiares do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, saíram em sua defesa, alegando a inocência de Cachoeira no caso.
O pai do contraventor, Sebastião Almeida Ramos, de 82 anos, conhecido como “Tião Cachoeira”, chegou a comparar o filho com Jesus Cristo, e afirmou que a investigação da Operação Monte Carlo teria sido encomendada pelos réus do mensalão, entre eles o ex-ministro José Dirceu e Delúbio Soares.
- Meu filho é um Cristo, ele está passando por um massacre e seria um bode expiatório do sistema – afirmou Tião Cachoeira, que disse ser a pessoa que mais conhece o filho, e que sabe da inocência de Carlos Cacheira.
- Sei da sua inocência porque fui eu quem deu tudo pra ele – completa.
Carlos Cachoeira chegou ao prédio do Tribunal da Justiça Federal às 8h25, escoltado por três carros da Polícia Federal, e foi defendido também por sua mulher, Andressa Mendonça, que disse que o marido está sendo injustiçado. Para Mendonça, a prisão de Cachoeira tem cunho político e provocou a debilidade da saúde do marido, que estaria deprimido.
As audiências tiveram início por volta das 9 horas. O advogado de defesa Ney Moura Teles afirmou que os réus foram desrespeitados pela imprensa no prédio do TJ e disse ainda que a imprensa já os julgou sumariamente.
- A Justiça Federal não pode compactuar com o julgamento que eles (jornalistas) fazem – ressaltou o advogado.
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