Quadrilhas atacaram freiras em Xian e padres em Tianjin durante o mês passado, quando a Igreja Católica Romana tentava pacificamente resolver uma questão de posse com o governo.
Sabe-se que a polícia chinesa cercou um grupo de padres e freiras católicos que se trancaram em um edifício, alvo da disputa, de acordo com a agência de notícias Reuters. Os padres afirmavam que a Igreja Católica adquiriu o prédio em Tianjin antes da revolução comunista em 1949, e que o governo confiscou alguns anos depois.
Ao tentar forçá-los a sair, a polícia feriu diversos padres e mandou uma freira para o hospital com ferimentos na cabeça, segundo informou uma fonte, acrescentando que a polícia havia dado um ultimato para que desocupassem o local até o meio-dia.
De acordo com "AsiaNews", no dia 16 de dezembro, cerca de 30 pessoas armadas com barras de metal, paus e tijolos atacaram um grupo de padres que tentavam recuperar a posse do prédio. Segundo a agência de notícias, a polícia prendeu os padres, em vez dos agressores, e não deixou que os padres, severamente agredidos, fossem ao hospital.
Os padres alegam que os edifícios confiscados sob o governo de Mao Zedong deveriam ter sido devolvidos depois da Revolução Cultural (1966-1976).
No dia 23 de novembro, em Xian, um grupo de 40 pessoas, armadas com pedaços de pau, atacou 200 freiras que protestavam pacificamente contra a demolição da escola de sua diocese.
As freiras tinham começado uma espécie de greve branca, recusando-se a deixar o local de trabalho, quando uma multidão, aparentemente enviada pelo governo, zombou delas e depois as agrediu fisicamente, gritando: "Matem as freiras! Matem as freiras!"
A ligação telefônica de emergência para a polícia feita das proximidades do convento não foi atendida. De acordo com as reportagens, a irmã Dong Jianian, 42, sofreu ferimento nas costas que podem deixá-la permanentemente paralítica; a irmã Qing Jing, 34, ficou cega de um olho; e as irmãs Yue Siuyin, 31, Wang Maizao, 32, e Zan Hongfeng, 34, sofreram ferimentos na costela, cabeça, rosto e pernas.
O governo municipal de Xian confiscou a escola em 1952, e recentemente a vendeu. Mas, de acordo com uma lei chinesa, a propriedade deveria ter sido devolvida à igreja.
As autoridades de Xian tentaram vender a propriedade de volta para a Igreja Católica por 6,5 milhões de yuans (cerca de 800 mil dólares). Os católicos consideraram que isso era um roubo legalizado de sua própria propriedade.
No dia 27 de novembro, o protesto atingiu seu ápice quando 600 católicos fizeram passeata pelo centro da cidade, carregando faixas de protesto contra o "roubo". Dois dias depois, o governo concordou em pagar 3 mil yuans (cerca de 270 dólares) a cada freira ferida e ofereceu novamente vender a propriedade por 6,5 milhões de yuans.
O incidente foi condenado em todo o mundo. O vice-presidente da União Européia, Mario Mauro, levou o assunto à Bruxelas, dizendo que a UE "deveria manter suas relações com a China apenas no nível comercial".
Na Itália, 40 membros do Parlamento pediram ao Ministério de Relações Internacionais que protestasse formalmente contra a violação de direitos humanos na China. O Vaticano expressou "grande preocupação" e "condenou firmemente" o incidente. Nos Estados Unidos, as maiores autoridades da Igreja Católica escreveram ao embaixador chinês.
O acontecido em Xian, uma cidade grande, visitada por milhões de turistas estrangeiros ansiosos por conhecer o famoso exército de terracota, deixa entrever a frágil situação da liberdade religiosa na China. A corrupção do governo e a conivência de empresas revelam que os religiosos estão quase sempre indefesos para proteger seus direitos legítimos.
As propriedades das igrejas em muitas cidades são bem localizadas e chamam a atenção de autoridades e empresas. Dias depois que sites católicos começaram a publicar a agressão contra as freiras, o governo proibiu a mídia de falar sobre o assunto.
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