De acordo com relatórios da Portas Abertas, grupos armados islâmicos voltaram a atacar no norte do Mali. A agência de notícias Reuters informou que os militantes mataram dois civis e um oficial da alfândega, além de queimarem um carro durante ataque a um posto alfandegário em Mopti, uma cidade que fica próxima ao rio Níger. Outra notícia foi dada pela BBC News, dizendo que cinco soldados da ONU foram mortos durante ataque de um grupo jihadista filiado ao Al-Qaeda. "Os atuais ataques indicam que os militantes islâmicos, que dominavam rebeliões, conhecidos como tuaregues, ainda estão bem ativos e são uma grande ameaça", comenta um dos analistas de perseguição.
Os tuaregues fazem parte de um povo seminômade do norte da África, que viaja com camelos e são muito conhecidos como ‘os piratas do deserto’. Eles costumavam controlar a rota das caravanas no deserto do Saara. A origem da palavra "tuaregue" vem do árabe e quer dizer "salteadores", mas existe uma versão folclórica que traduz a palavra por "abandonados por Deus". Eles, porém, não gostam de ser chamados assim e preferem o termo "homens livres". O "povo de véu" ou ainda "homens azuis" são termos que identificam essa comunidade, porque os guerreiros costumam usar um turbante azul na cabeça. Proclamando uma nova pátria, eles chegam armados, com uma cultura peculiar e costumes próprios, reivindicando as terras que eles chamam de "Azawad" e que inclui o norte do Mali. O Movimento Nacional para a Libertação do Azawad (MNLA) já foi proclamado em 2012. A área que é supostamente um centro de tráfico de cocaína, já foi cenário de muitas rebeliões violentas, desde 1962.
"Ao que parece, os soldados voltaram bem treinados, financiados e bem equipados, depois de terem servido Muammar Khadaf, na Líbia, até a queda e morte do coronel em 2011, que tinha como objetivo também islamizar o Mali. Agora os acordos de paz parecem estar comprometidos entre o governo e os grupos rebeldes. A missão de paz da ONU também parece incapaz de deter os tuaregues. Sabemos que a eliminação completa deles é muito difícil, mas se o governo malês não concentrar seus esforços para ao menos enfraquecer os jihadistas, os ataques vão continuar e a segurança da nação estará comprometida, principalmente a dos cristãos. O norte do Mali, definitivamente, não é um lugar seguro para ninguém", alerta o analista. OMali é o 44º país da Classificação da Perseguição de 2016, e a Portas Abertas tem parceria com a igreja local, servindo os cristãos perseguidos em suas necessidades mais urgentes, oferecendo também Bíblias e treinamento para pastores e líderes em vários aspectos da vida cristã. Ore por essa nação.
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