A Portas Abertas apoiará uma campanha de oração lançada pela Aliança Curda. Serão sete dias de oração, a partir do próximo domingo, 11 de março. Leia o texto abaixo e saiba um pouco mais sobre esse povo:
Os curdos
Existem cerca de 25 milhões curdos no mundo e eles são um dos maiores povos não-alcançados do Oriente Médio. Eles chamam sua terra natal de Curdistão e falam uma língua própria, dividida em diversos dialetos diferentes. Por séculos eles foram fazendeiros e pastores que moravam nas montanhas, mas hoje a maioria vive em centros urbanos.
História de sofrimento
A fama de bons guerreiros acompanha os curdos, mas isso não evitou que eles passassem por diversos massacres. Nesse aspecto, o século passado foi o mais triste da história curda.
A maioria do Curdistão era parte do Império Otomano até o final da Primeira Guerra Mundial. Depois de perder a guerra, as fronteiras foram redesenhadas e os territórios curdos ficaram segmentados e hoje se localizam em quatro países diferentes: Irã, Síria, Turquia e Iraque. Isso fez com que os curdos se transformassem em minoria frequentemente oprimida em países de maioria turca, árabe ou persa.
No Irã os curdos são reprimidos pelo governo e sofreram grandemente na guerra contra o Iraque. Na Síria, milhares de curdos não têm cidadania, são marginalizados, proibidos de promover sua cultura e língua. O governo turco frequentemente usa brutal violência para aplacar movimentos nacionalistas curdos. Milhares de curdos foram mortos e outros milhares fugiram do país. No Iraque os curdos foram torturados e perseguidos de formas horrendas. Em uma tentativa de arabizar o país, Saddam Hussein desapropriou diversos curdos de suas terras e casas dando-as a árabes. Soldados árabes invadiram vilarejos curdos, matando os homens e violetando as mulheres. Algumas vilas foram completamente dizimadas através do bombardeio de armas químicas.
História de fé
Algumas pessoas acham que os curdos têm origem no povo da Média, mencionado no Antigo e Novo Testamentos. Não há como saber ao certo, porém é fato que no século V, a maioria das pessoas que viviam na região do atual Curdistão tornaram-se cristãs através do ministério do Bispo Nestório (uma espécie de bispo protestante do século V). Além das polêmicas teológicas nas quais se envolveu, Nestório inspirou vários missionários a levar o evangelho por toda a Ásia.
Porém, dois séculos mais tarde, o islã tomaria o Oriente Médio e Norte da África. Nessa época, a maioria dos curdos converteu-se ao islamismo, com exceção dos iazidis (que seguem uma seita que mistura zoroastrismo, cristianismo e islamismo) e de alguns cristãos, que permaneceram firmes na fé durante o tempo das conquistas árabes.
A Igreja histórica
Esses cristãos vivem entre os curdos até hoje mas não se identificam pelo mesmo nome. Eles são armênios, caldeus (católicos) e assírios (antigos nestorianos). Muitos desses cristãos falam armênio ou siríaco em seus lares, mas usam o árabe para se comunicar com outros grupos. Assim como os curdos, esses grupos minoritários sofreram violências diversas vezes na mão de maiorias nacionais ou regionais. Entre esses incidentes, o mais famoso é o massacre dos armênios na Turquia.
A história de conflitos, o medo e o sentimento de auto-preservação fez com que esses cristãos se isolassem em suas próprias comunidades. Muitos vêm os muçulmanos como inimigos e poucos são os que se preocupam em apresentar o evangelho para vizinhos de outra fé. A violência também fez com que muitos cristãos da região imigrassem para o ocidente.
O assassinato em massa de cristãos, a falta de evangelismo, as ondas de migração e o pequeno número de filhos (se comparado a famílias muçulmanas) causaram um grande decréscimo na percentagem de cristãos na região.
Nos últimos três anos, devido à violência no Iraque, esse problema torna-se ainda mais alarmante. Segundo as Nações Unidas, metade dos cristãos assírios já deixou o país e hoje cerca de 1.200 cristãos deixam o país diariamente.
A Igreja hoje
Entretanto, principalmente devido a ação missionária, mais curdos estão se voltando para Cristo no Oriente Médio e no ocidente. Em sua maioria, esses convertidos participam ou iniciam comunidades evangélicas, mas há convertidos nas igrejas históricas.
Porém, o número de muçulmanos que se converteram à fé cristã é ainda minúsculo. Por exemplo no Iraque, onde existem vários ministérios e algumas igrejas especialmente voltados para curdos, o número de convertidos dificilmente passa de mil pessoas (cerca de apenas 0,02% da população curda no país).
Para um cristão curdo, o risco de sofrer perseguição depende da sua nacionalidade, tribo e tradições familiares. O governo do Irã e Síria ainda monitoram de perto a atividade evangélica e fazem o que podem para coibir seu crescimento. Na Turquia e no Norte do Iraque o governo é bastante secular e não apresenta problema para a Igreja. Entretanto, a força da tribo e a tradição são muito fortes e podem proteger ou ameaçar a vida do novo cristão. Como acontece frequentemente em outros casos, no segundo caso, convertidos também se tornam vítimas das "vistas grossas" de autoridades locais.
Apesar de ser uma igreja bastante jovem, a Igreja curda chama bastante a atenação de organizações internacionais. O fato de viverem em países que estão constantemente na mídia faz com que muitas pessoas queiram ajudar os nossos irmãos curdos. Infelizmente, muitas pessoas encaram "ajuda" apenas como remessa de dinheiro.
Oração
A Igreja curda é pequena, mas viva! Com todos os problemas, ela continua perseverando e buscando fazer o melhor para servir Cristo. Para que a Igreja curda floresça ainda mais, a oração é a contribuição mais eficaz, necessária e urgente. Somente Deus pode restaurar a paixão no coração daqueles que esqueceram o primeiro amor. Somente o Pai pode enviar o Espírito Santo para tocar as almas dos milhões de curdos que precisam conhecer a beleza do evangelho. Somente o Pai das Luzes dá sabedoria, moderação e humildade para obreiros locais e estrangeiros. Somente o Rei dos reis pode fazer com que as prioridades do Reino se sobreponham a todas as outras. Somente quem enviou Cristo pode enviar cristãos à semelhança do Filho, amando, admoestando, curando, morrendo e dando testemunho da Verdade. A coisa que a Igreja curda mais precisa da sua oração. É uma ajuda sem preço... ore, ore e ore pela Igreja do Curdistão.
Esse texto é uma adaptação do relatório de Diana Colby, disponível no sitewww.thekurds.net
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