O dia estava agradável quando Shan Yongchang, membro da igreja Linfen-Fushan, que havia sido preso por enviar uma mensagem de texto avisando seus líderes sobre o ataque ao templo no dia 13 de setembro (saiba mais), foi solto na sexta-feira, 9 de outubro.
No dia seguinte, os oficiais do Escritório de Segurança Pública (PSB) propuseram liberar dez líderes da igreja Linfen-Fushan, sob a condição de manter a pastora Yang Rongli presa até outra determinação. Protestando a detenção da pastora, em um ato de solidariedade, os líderes se recusaram a irem embora sem a pastora Yang. “Somos um Corpo em Cristo! Não a deixaremos para trás. Não sairemos da prisão sem ela”, disseram.
Para provocá-los, o PSB prendeu Yang Linli, a irmã mais nova da pastora, e saqueou a casa do pastor Wang Xiaoguang. No dia 11 de outubro, o PSB prendeu outros dez membros da igreja Linfen, incluindo Yang Xuan e sua esposa Yang Caizhen. Os oficiais culpam o pastora Yang pela agitação no local e se recusou a soltá-la, ameaçando os líderes da igreja com futuras invasões e abusos se eles não cumprissem as ordens.
No dia 16 de outubro de 2009, Yang Linli foi solta com a condição de ela não pedisse em favor de sua irmã ou dos outros membros da igreja, e não se envolver em nenhuma atividade ilegal. Ela foi proibida de se comunicar com o mundo. A pastora Yang Rongli e Hua Mei, outra líder da igreja, foram acusadas formalmente de cometer crimes como “construção ilegal e perturbar a ordem pública ao organizar as massas”.
Cinco líderes foram condenados à detenção criminal no dia 17 de outubro: Wang Xiaoguang, Yang Caizhen, Yang Hongzhen, Su Qing e Li Shuangping.
A pastora Yang e outros seis líderes foram presos pelos policiais de Fushan em 23 de setembro, para impedi-los de visitar Pequim e apelar para as autoridades a favor da Igreja Linfen. No dia 24 de setembro, o PSB invadiu a igreja Linfen e algumas casas de membros novamente, confiscando tudo que havia restado de valor. Após uma reunião de emergência no dia 28 de setembro, os oficiais da cidade de Huozhou concordaram que a igreja cristã Linfen não era uma seita, mas que não iriam tolerar mais abusos e violações legais da pastora Yang Rongli e seus seguidores “tolos e enganados”.
Entre as supostas violações cometidas pela pastora, estavam: estabelecer grupos religiosos e templos, realizar cultos e atividades religiosas sem permissão, nomear religiosos, pregar o evangelho de maneira ilegal entre as minorias e perturbar a ordem pública.
De acordo com os membros da igreja Linfen, 80 policiais e 10 viaturas continuam a cercar a igreja, impedindo que eles se reúnam aos domingos. Isso mostra que a religião não tem liberdade para os cristãos na China comunista.
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