Extremistas hindus arrombaram um centro de treinamento da Jocum (Jovens com uma Missão), em 17 de março, no Estado de Madhya Pradesh, agredindo os estudantes e danificando móveis e equipamentos. O diretor da Jocum, Mukesh Jacob, e sua esposa têm sido, desde então, acusados de envolvimento com conversões ilegais sob a "Leis de Liberdade Religiosa de Madhya Pradesh".
Os extremistas hindus também atacaram três pastores em plena rua no Estado de Andhra Pradesh, em 19 de março. Os três pastores necessitaram de atendimento médico. Os cristãos locais dizem que o ataque foi feito na presença de um recém-convertido, o qual era membro oficial do grupo extremista RSS (Rashtriya Swayamsevak Sangh).
No ataque em Madhya Pradesh, quatro homens, aparentemente membros do "Bajrang Dal" (a facção jovem do Vishwa Hindu Parishad, o VHP, ou Conselho Mundial Hindu), invadiram o centro de treinamento da Jocum na cidade de Jabalpur, enquanto os estudantes participavam de um culto.
Assédio às mulheres
A base da Jocum fica na casa de Mukesh Jacob, diretor da missão na Índia. Mukesh, que estava fora quando aconteceu o ataque, disse que os invasores se identificaram como oficiais da agência de investigações do governo, e começaram a interrogá-los sobre as atividades da Jocum.
Então, outros 12 homens invadiram a casa e começaram a atacar os alunos. Musesh disse que pelo menos seis dos alunos tiveram ferimentos leves durante o ataque.
Os agressores assediaram as mulheres até que os homens presentes os forçaram a parar. Os invasores também rasgaram Bíblias e danificaram televisores, computadores, móveis e cortinas.
Um dos agressores, então, telefonou para Mukesh, identificando-se como membro do Bajrang Dal, mas desligou o telefone no meio da conversa. Mukesh, imediatamente, chamou a polícia, que chegou enquanto os invasores ainda estavam presentes. A polícia conseguiu prender somente um dos homens, enquanto os outros escaparam.
Ainda que inicialmente relutante, a polícia registrou uma queixa oficial contra os quatro homens que originalmente invadiram a casa: Kedar Namdev, Indra Bhan, Pushpendra Singh e Arun Pillai. Eles foram acusados de invasão domiciliar, de macular um local de culto e causar danos deliberadamente.
Os quatro foram presos, mas, de acordo com o inspetor de polícia Rajesh Tiwari, uma vez que os crimes são afiançáveis, eles logo serão libertados sob fiança.
Como os agressores alegaram que Mukesh e sua esposa estavam convertendo hindus ao cristianismo, a polícia também registrou uma queixa oficial contra os cristãos, em cumprimento da "Lei de Liberdade Religiosa de Madhya Pradesh de1968".
Carta do superintendente
Em 21 de março, Mukesh recebeu uma carta do Departamento de Inteligência de Madhya Pradesh, pedindo que ele enviasse o número de registro da Jocum, seus objetivos e uma lista de seus membros. O escritório também pediu o número de registro da Jocum sob a Lei de Regulamentação de Contribuição de Estrangeiros (FCRA) e uma descrição de como e onde são usados os fundos estrangeiros.
A carta foi enviada pelo superintendente da polícia, mas quando o Compass conversou com o superintendente Srinivas Rao, ele alegou não saber da carta. "Eu não enviei nenhuma carta", disse Rao. "Entretanto, eu não assino todas as cartas que saem do meu escritório. Se existe alguma coisa censurável na carta, Mukesh pode me contatar."
Compass também falou com Prabha Kant Pandey, um membro do Departamento de Inteligência Federal, que disse que o Departamento Federal de Habitação pediu, em 2005, para que os escritórios estaduais coletassem detalhes de ONGs ,registradas sob o FCRA, de toda a Índia.
"Não recebemos o nome da Jocum a tempo, e, ao lermos sobre o ataque no jornal, soubemos que essa organização também recebe fundos internacionais", disse Pandey. "Esse é o porquê de eles terem recebido a carta agora. Não há ligação com o ataque."
Ataque durante evangelismo de rua
No incidente do Estado de Andhra Pradesh, uma multidão de aproximadamente 30 pessoas, atacou um grupo de cristãos que estavam dirigindo um serviço evangelístico em uma rua da cidade de Nellore, em 19 de março.
Cristãos locais disseram que o ataque foi uma reação à conversão do ex-membro da RSS que estava com eles. "O ex-membro da RSS estava recebendo ameaças desde que se tornara cristão", confirmou o reverendo Yellasiri Satyam, representante local do Conselho Geral dos Cristãos da Índia (AICC, sigla em inglês).
Três pastores independentes do grupo, confirmados apenas como Nirmal Raj, T. Timothy e A. Ruben, foram hospitalizados após o ataque, mas foram mandados para casa depois de um curto período no hospital. As crianças do grupo escaparam ilesas.
Os cristãos em Andhra Pradesh organizaram um comício-protesto em 20 de março e enviaram um memorando às autoridades locais, pedindo a prisão dos agressores.
Testemunhas disseram que um homem chamado Santosh Kumar, suposto membro de um grupo hindu extremista, liderou o ataque.
Outra manifestação de protesto estava sendo planejada. O AICC também ficou de mandar um grupo de investigadores para a região no dia 30 de março.
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