Um grupo de extremistas atacou no dia 3 de dezembro passado a igreja católica de São Francisco de Assis em Mathal, na diocese de Kottar --Estado de Tamil Nadu, no sul da Índia--,danificando o exterior e interior do edifício. Segundo informou o episcopado indiano a Fides em 9 de dezembro,um grupo de fanáticos estragou a porta da Igreja, rompeu vidraças e destroçou a imagem de São Francisco da fachada do edifício. No interior da igreja foi encontrada uma bomba -de fabricação caseira- sem explodir.
A polícia atribui a responsabilidade do ataque esta vez a grupos fundamentalistas de matriz islâmica -o extremismo hindu origina as agressões que ultimamente se registram contra os cristãos no país-. Dias antes, o pároco e a comunidade receberam ameaças, e nas paredes da igreja apareceram inscrições anticristãs firmadas pelo grupo Byath. Segundo a imprensa local de Tamil Nadu, o grupo reuniu extremistas islâmicos da zona. O pároco, padre Perpetual, manifestou seu estupor a Fides pelo ocorrido, porque na área hindus, muçulmanos e cristãos sempre conviveram pacificamente.
A igreja de São Francisco celebrou recentemente seu 75.º aniversário. Pela ocasião, o pároco organizou uma Jornada da harmonia, para promover o diálogo e a amizade entre os crentes de diferentes religiões. Os recentes episódios de fundamentalismo religioso, dos quais foi vítima a comunidade cristã na Índia, provocaram chamados dos bispos ao governo da Federação para pedir maior proteção e intervenção concreta. O Partido do Congresso, atualmente no governo da Índia, declarou através de sua presidente, Sonia Gandhi, que em breve apresentará no Parlamento uma lei para frear a violência inter-religiosa na nação.
A medida contempla ressarcimento às vítimas, investigações mais ágeis para localizar os responsáveis por ataques contra pessoas ou lugares sagrados e penas mais duras para os culpados. Enquanto isso, o Estado de Chattisgarh foi cenário, em 5 de dezembro, de outro ataque contra os cristãos. Um grupo de rebeldes Naxali ateou fogo na igreja de Matha Mary, em Pusnar, na diocese de Jagdalpur. No domingo, um grupo de jovens entrou na igreja e fugiu com livros de cantos e o missal.
Mais tarde, pelas 21 horas, cerca de vinte pessoas entraram no edifício, espalharam palha no solo e o incendiaram. O bispo local sublinha que a igreja já havia sido atacada dois meses antes: em outubro, um grupo roubou ornamentos e imagens. Também derrubaram as casas de quatro famílias católicas da zona.
Dom Simon Stock Palathra, bispo de Jagdalpur, denuncia que a polícia não tomou ainda medidas contra os assaltantes, ainda que se conheça sua identidade, cita AsiaNews.
De acordo com o prelado, os Naxali perpetram estes ataques para impedir novas conversões entre os tribais para o cristianismo ou o hinduismo; pretendem preservar sua cultura. Os Naxali operam na Índia central e afirmam lutar -de forma violenta- pelos direitos dos camponeses que ficaram sem terras. Está presente sobretudo nos Estados de Jharkhand, Chhattisgarh, Madhya Pradesh, Maharashtra e Andhra Pradesh. Dias atrás, 36 tribais convertidos ao cristianismo no povoado de Markabeda, na diocese de Jagdalpur, foram violentamente expulsos da comunidade por parte de um grupo destes rebeldes.
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