FLORIANÓPOLIS – Não pára de crescer o número de mortes por causa das chuvas em Santa Catarina. A Defesa Civil do Estado já contabilizou, oficialmente, 84 óbitos, grande parte vítimas de soterramentos. Ao menos vinte mortos são de Blumenau. No balanço oficial da Defesa Civil catarinense cerca de 55 mil pessoas estão desalojadas – os que podem contar com ajuda de vizinhos e familiares – e desabrigadas – pessoas que perderam tudo e precisam dos abrigos públicos – e mais de 1,5 milhão foram afetadas pelas cheias.
Pelo menos oito municípios continuam isolados, principalmente por causa de barreiras nas rodovias de acesso: São Bonifácio, Luiz Alves, São João Batista, Rio dos Cedros, Garuva, Pomerode, Itapoá e Benedito Novo. A primeira morte registrada em Florianópolis foi confirmada hoje. Um motorista de caminhão foi localizado entre os escombros que deslizaram sobre a rodovia estadual SC 401, que liga o centro da capital catarinense às praias do norte da Ilha de Santa Catarina. Ele transportava uma mudança quando seu caminhão foi atingido pela barreira, que deverá levar 21 dias para sua total retirada.
Na região do vale do rio Itajaí-Açu, a mais atingida, a chuva e o nível dos rios diminuíram. O resgate das vítimas está sendo feito por 15 helicópteros, três deles especialmente equipados com recursos médicos. Outros quatro estão lotados na região do município de Ilhota, onde pelo menos 15 pessoas já foram encontradas mortas. O morro do Baú foi o local mais atingido pelos deslizamentos. Cerca de 80 casas foram destruídas.
Estradas
Quatro rodovias federais e nove estaduais continuam interditadas devido as fortes chuvas responsáveis pela maior tragédia climática em Santa Catarina. As interdições são, em maioria, por conta de queda de barreiras e também por alagamentos. A situação mais crítica reside no quilômetro 235 da BR 101, no município de Palhoça, na Grande Florianópolis.
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