O arcebispo da igreja Católica Romana de Jos, Ignatius Kaigama, afirmou que a solução para a crise religiosa que envolveu conflitos entre cristãos e muçulmanos no estado central nigeriano de Plateau é um retorno sincero a Deus.
"A solução para a crise é um sincero retorno para o Deus que nós servimos, confissão de nossos pecados e atrocidades cometidas que, muitas vezes, foram resultado de ensinamentos errôneos de lideranças religiosas. Vamos utilizar nossa energia física para empreendimentos produtivos, tais como lavoura ou outras formas de trabalho manual para melhorar nossa situação social, ao invés de utilizá-la em combate físico, que pode ser doloroso e causar a destruição de vidas e de propriedades", explicou o arcebispo.
O bispo fez uma declaração em 10 de agosto, na abertura do 4ª Assembléia Geral Arquidiocesana anual da igreja Católica Romana, realizada em Jos. De acordo com Kaigama, a crise religiosa atingiu o governo e somente Deus pode salvar os cristãos no da espada dos militantes muçulmanos.
Contudo, Moses Yachan Derwam, chefe distrital do vilarejo de Panyam, contou à Compass que conflitos sanguinários entre cristãos e muçulmanos podem continuar, a menos que seqüestros de cristãos realizados por militantes muçulmanos cessem.
Moses citou o seqüestro de uma garota cristã no vilarejo de Panyam, liderado por jovens muçulmanos como um exemplo de novas táticas introduzidas no conflito por militantes. Ele afirmou que, se não tivesse intervindo rapidamente, o incidente teria desencadeado um conflito sanguinário entre pessoas cristãs e muçulmanas.
O oficial policial de investigação, Constable Danjuma Garba, contou à Compass que a garota se recuperou e foi levada para a Igreja de Cristo, na Clínica Rural de Saúde da Nigéria, em Panyam, a fim de ser submetida a tratamento clínico.
Em um outro incidente, Stephen Sarki Musa, secretário geral da comunidade cristã do conselho de Shendam, contou à Compass que cinco homens cristãos foram mortos nos meados de julho. Três mulheres cristãs que foram seqüestradas com os homens mortos conseguiram escapar.
"Os cinco homens que foram mortos tiveram seus olhos e suas partes íntimas removidas. Como os assassinatos continuaram, as mulheres foram açoitadas e levadas para uma sala, onde foram drogadas e sujeitas a uma orgia de sexo por oito dias", afirmou ele.
A crise religiosa apresentou uma estimativa de dez mil mortos em três anos e propriedades destruídas que valem milhões de dólares. Mais de trezentas igrejas foram destruídas e mais de dez pastores e suas famílias foram mortos. No dia 18 de maio, o governo nacional nigeriano declarou estado de emergência e dispensou o governo estadual eleito democraticamente do estado de Plateau.
Uma pesquisa governamental estima que 250 mil pessoas ficaram desabrigadas, relata Thomas Kalman, presidente da Comissão do Recenseamento de Pessoas Desabrigadas Internamente.
A Agência de Controle de Emergência Nacional da Nigéria investiu cerca de 165 milhões de naira ($1.25 milhões de dólares) em assistência para milhares de pessoas desabrigadas como resultado da crise religiosa no estado de Plateau, segundo o porta-voz de uma agência, Biodun Oladoyinbo.
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