O novo presidente eleito na Somália, Mohamed Abdullahi Farmajo, tem o grande desafio pela frente de tentar unir um país dividido, devastado pela guerra, que enfrenta a insurgência islâmica, a crise por conta da corrupção e ainda que é ameaçado pela fome. No mês passado, a ONU alertou que a Somália estava se preparando para sua segunda “grande crise de fome” em seis anos. Há muitas pessoas morrendo no norte do país por falta de alimento, ocasionado por uma intensa seca, induzida por duas temporadas consecutivas de poucas chuvas.
Embora a eleição seja vista como um marco no caminho para uma democracia estável, não há nenhuma expectativa positiva para a igreja somali. Mesmo em 2012, o ex-presidente declarou que seu governo se dedicaria por uma Somália que viveria “em paz consigo mesma e com seus vizinhos” e ainda que a nação iria “valorizar a bondade, o respeito e os direitos humanos”, mas nada disso foi visto durante o tempo de seu mandato.
Para os cristãos, a realidade mostrou que a perseguição religiosa cresceu no país, passando do 7º para o 2º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2017, perdendo somente para a Coreia do Norte, o lugar mais perigoso do mundo para quem se decide pelo cristianismo. Embora os cidadãos somalis contem com o Artigo 17 da Legislação, que indica que todos são livres para praticar a sua religião, o cenário mostra que se trata apenas de uma propaganda enganosa. O único vestígio de uma igreja que um dia foi livre está nas ruínas de edifícios antigos, que serviram de local de comunhão e adoração a Deus para cristãos de séculos atrás.
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