Nesta quinta-feira, cristãos nos Estados Unidos e Canadá comemoram o “Thanksgiving Day” como uma forma simbólica de agradecer a Deus pelas coisas boas do ano. Aqui no Brasil, a data é conhecida como o “Dia de Ação de Graças”. Você já deve ter ouvido falar desse dia em séries de TV ou até em filmes. Mas, será que os cristãos brasileiros também comemoram? Sim, algumas denominações celebram o dia, como a Igreja Luterana IELB, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Batista, a Igreja Metodista e a Igreja do Evangelho Quadrangular.
Mas, para o pastor Jackson Jacques, que lidera uma igreja que não está nessa lista, a Vintage180 (Porto Alegre), o Dia de Ação de Graças é importante para que os cristãos possam continuar acreditando na provisão de Deus. “Para a Igreja em geral, creio que ela nos motiva a continuar crendo na provisão de Deus. Pois ela remete a fundação dos Estados Unidos, e como Deus foi misericordioso com nossos irmãos daquela nação. Se Deus cuidou de nossos irmãos em outra época, em outro país, em outro contexto, Ele pode suprir nossas necessidades hoje”, ressalta.
Já Fábio Ciribelli, pastor presbiteriano e atualmente responsável pelo Ministério Oásis, a data tem o objetivo de reconhecer Deus como provedor. “A importância do dia de ação de graças, quer seja no Brasil, no Canadá, nos Estados Unidos ou em qualquer outro país, é reconhecer a ação de Deus na providência, na sustentação de alimento, na providencia de cuidar da terra. Na providência, como diz o evangelho, de Deus mandar o sol e a chuva sobre bons e maus”, pontuou.
Fábio ainda salienta: “É o reconhecimento de que Deus ainda é criador e sustenta toda a sua criação. Ele ainda se encarrega de sustentar toda a sua criação. E o dia de ação de graças é o dia em que o mundo todo deveria se mover nessa direção. De reconhecer o Deus e age ainda em toda a provisão para a sustentação humana”.
Jackson e Fábio são de origens distintas, mas ambos concordam que o dia de ação de graças deve ser comemorado pelos brasileiros como sinal de nossa confiança no Deus que supre todas as nossas necessidades. Jackson diz: “Minha esposa e eu já comemorávamos essa data. Como nesse ano a data ocorre no mesmo dia do grupo caseiro que acontece aqui em casa, vamos comemorar com eles. Será apenas uma parte da Igreja. Comemoramos o dia de ação de graças porque acreditamos que bons costumes devem ser imitados”.
Pastor Jackson Jacques, líder da Vintage180 em Porto Alegre. (Foto: Reprodução/Facebook).
Cópia dos americanos?
Para o pastor Jackson, muitas das festas brasileiras são de origem de outros povos. “Muitos dizem que esse feriado é americano, que não devemos imitar isso ou aquilo. Mas quando olhamos para várias das nossas festas, vemos que quase todas são de origem de outras culturas ou povos. As pessoas comemoram Carnaval, Natal, Páscoa, Halloween (que é uma festa Irlandesa que foi copiada pelos EUA e agora copiada pelo Brasil). Creio que quem briga contra a comemoração de uma festa como essa, são pessoas que tratam a originalidade quase que como um ídolo”, respondeu.
“Para a Igreja brasileira, essa festa pode ser absorvida juntamente com outras festas de outras nações, onde nos conectamos com costumes de outros povos e culturas, despertando assim um desejo mais intenso por missões mundiais. Também quando amamos não somente os nossos costumes, mas também a diversidade dos bons costumes dos outros povos, podemos ver um pequeno trailer do que acontecerá no grande quadro de Apocalipse 7.9, onde temos uma grande multidão de todas as nações, tribos, povos e línguas louvando na presença do Cordeiro”, disse o pastor Jackson.
Porque a data não é tão lembrada no Brasil?
O pastor Fábio explica que os brasileiros não dão tanta importância a data por um fator importante: a cultura do dar e receber em troca. “A cultura brasileira é muito utilitarista. É uma cultura que presta adoração em troca de algo. É a cultura que presta culto para receber bênção. Não é a cultura que reconhece Deus naquilo que Ele é, mas que age na direção de Deus naquilo que Deus faz ou pode fazer por ela”, explica.
“Então, o dia mundial de ação de graças é muito importante para o Brasil de maneira muito especial, para nos ajudar a superar essa cultura utilitarista. Dar e receber e ‘eu só dou a partir do que eu recebo’, quando o evangelho diz que mais bem-aventurado é dar do que receber. Os brasileiros, por causa dessa cultura utilitarista, não criariam o dia mundial de ação de graças só a partir deles. Tanto que o dia aqui no Brasil começou por força de lei”.
Para o pastor Fábio Ciribelli, o ponto principal da data não ser tão lembrada é a cultura familiar. (Foto: Reprodução/Facebook).
O dia de ação de graças foi instituído no Brasil em 1949, quando o presidente Gaspar Dutra assinou a lei 781, de 17 de agosto de 1949, por sugestão do embaixador Joaquim Nabuco, entusiasmado com as comemorações que vira em 1909, na Catedral de São Patrício. Em 1966, a lei 5110 estabeleceu que a comemoração de Ação de Graças se daria na quarta quinta-feira de novembro.
Para Fábio, o ponto básico principal dos cristãos brasileiros não tornaram esse dia um costume tão forte, é porque “esse costume gira em torno da família”. Ele explica: “Lá nos EUA e no Canadá a família é agricultora. A família planta para que a família toda coma. O brasileiro compra. Ele produz profissionalmente. Ele não produz para consumir, ele produz para vender caro para o outro consumir de forma geral”.
“A prova disso é que o governo brasileiro estabeleceu a reforma agrária dando bons pedaços de terra para os brasileiros produzirem e eles não produzem. Eles moram, eles vendem, mas eles não produzem. Ainda quem continua produzindo no Brasil são os latifundiários e grandes fazendeiros que produzem em grande quantidade”, finalizou.
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