Agora, além da perseguição por conta de sua fé, cristãos enfrentam um novo problema no Irã: o governo trata a sua prisão e libertação como um negócio, onde o que importa mesmo é o valor pago pela fiança. Interceda por nossos irmãos naquele país
Essa semana, o governo iraniano libertou um cristão sob pagamento de fiança, mas outros cinco membros da Igreja do Irã - movimento evangélico recente de Igrejas caseiras - continuam atrás das grades, conforme relatou um representante da congregação à agência de notícias BosNewsLife, em 17 de novembro.
“Mehdi Ameruni só foi solto da prisão após seus familiares e amigos levantarem cerca de 25.000 em moeda local”, disse Firouz Khandjani, membro do conselho da Igreja do Irã.
Sua libertação veio depois dos cristãos Bijan Haghighi e Roxana Furughi terem sido soltos em 25 de outubro e 1 de novembro, respectivamente. Cada um deles foi obrigado a pagar uma fiança de cerca de 25.000 na moeda local, acrescentou Khandjani.
Khandjani explicou: "Essa quantia é um absurdo no Irã, onde o salário médio mensal é de até 300 riais iranianos (moeda local) ou menos. As famílias desses irmãos tiveram que levantar o dinheiro colocando propriedades, tais como sua própria casa, como garantia".
Outros cinco crentes, que foram detidos com eles, Mohammad Roghangir, Surush Saraie, Eskandar Rezaie, Massoud Rezaie e Shahin Lahouty, foram transferidos, na semana passada, para a prisão de Adel-Abad, em Shiraz, e permanecem por lá, disse ele.
Acusações falsas
"A transferência de uma prisão para outra sugere que as autoridades pretendem mantê-los presos por muito tempo", sublinhou Khandjani, que também afirmou que o mais provável é que tais cristãos sofram com "falsas acusações", tais como "crimes contra a segurança do Irã".
"Parece que as autoridades querem pressioná-los a pagar fiança por sua libertação", disse Khandjani, que não quis revelar sua localização devido a preocupações com sua segurança.
Vários outros cristãos encontram-se detidos na prisão de Adel-Abad por causa de sua fé. Entre eles: Mojtaba Hosseini, Mohammad-Reza Partoei Kourosh, Vahid Hakkani e Homayoun Shokouhi que estão presos no centro de detenção há cerca de nove meses, disse um cristão que não quis se identificar.
Khandjani acredita que dezenas de cristãos permanecem detidos no país, após a repressão desencadeada em várias igrejas, desde o mês passado. "Centenas de iranianos foram pressionados a não mais frequentarem cultos cristãos."
Autoridades iranianas negam que cristãos inocentes estão detidos na prisão e, muitas vezes, os descrevem como "criminosos" que "ameaçam a segurança do país".
A Igreja do Irã e outros movimentos cristãos no país têm ligado a repressão relatada ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e ao líder supremo aiatolá Ali Khamenei, que desejam conter a propagação do cristianismo na nação islâmica. Ore pelo Irã!
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