Deputado Mário de Oliveira se defendeu da acusação de mandar matar um colega.
Segundo ele, o motivo seria a possibilidade de grampo telefônico.
O deputado acusado de encomendar o assassinato de um colega afirmou que está sendo vítima de uma armação, e que não contrataria um matador por telefone porque todos os deputados estão grampeados.
Os deputados Carlos Willian e Mário de Oliveira ficaram, nesta terça-feira (26), cara a cara no plenário. Um teria sido vitima de uma tentativa de assassinato, a mando do outro.
“Com as gravações que a polícia tem em mãos, mostra-se claramente que os bandidos me seguiram durante quatro vezes e, na quinta-feira passada, estava tudo acertado que um iria viajar do meu lado, iria telefonar e eles iriam me matar na quinta-feira”, disse Carlos Willian (PTC–MG), no plenário.
“Não sou idiota para contratar matadores através do telefone, principalmente porque nós sabemos que, hoje, nós, deputados, em regra geral, temos os nossos aparelhos grampeados”, retrucou Mário, do (PSC–MG).
A briga é antiga. Em fevereiro, o deputado Carlos Willian entrou com uma ação na Justiça e com uma representação na Corregedoria da Câmara contra Oliveira, que o teria caluniado e agredido verbalmente. A acusação mais recente surgiu depois que um homem foi preso e disse ter sido contratado pelo deputado Mário de Oliveira para matar Carlos Willian.
Depois das últimas denúncias, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, determinou a abertura de uma comissão de sindicância formada por cinco deputados para investigar o caso. Eles terão 60 dias para apresentar conclusões.
Os dois já foram do mesmo grupo político, ligado à Igreja do Evangelho Quadrangular. Mário de Oliveira é o presidente da igreja, Carlos Willian já foi o advogado. Ele diz que só não foi morto porque mudou a rotina. Na quinta-feira, foi de carona para Belo Horizonte no avião do presidente Lula.
“Nunca tive problema com ninguém, sempre tratei todo mundo muito bem. E agora surgiu essa questão. Isso não passa de uma armação”, disse Oliveira.
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