Conhecida por ser palco de gritos e revoltas de manifestantes, há quatro dias, a Praça Tahrir cedeu lugar para um movimento diferente: a oração dos cristãos egípcios falou mais alto que a reinvidicação dos civis
Na última sexta-feira (12), em meio às comemorações brasileiras em alusão ao Dia das Crianças, no Egito, milhares de manifestantes se reuniram na famosa Praça Tahrir, no centro do Cairo, lugar que se tornou o símbolo da revolução egípcia em 25 de janeiro de 2011. Todos gritavam, cheios de raiva, contra vários acontecimentos políticos recentes, expressando, por muitas razões, seu desapontamento, rejeição e frustração.
Mas, na data marcada, nesta mesma praça, havia uma igreja onde cerca de 1.200 cristãos adoravam ao Senhor com alegria e gratidão. Na ocasião, o pastor citou alguns versículos do livro de Atos, referindo-se aos discípulos e quando eles foram espancados, porém, ainda assim, consideraram uma honra serem dignos de sofrerem insultos pelo nome de Jesus!
Os gritos de raiva e rejeição que vinham da praça em um tom bastante alto, só não foram maiores que os gritos de alegria que saíam da igreja, da boca do povo de Deus, muito mais altos. Os cristãos buscavam a presença do Senhor, clamavam por cura sobre a nação do Egito e oravam para que Deus se fizesse conhecido pelos egípcios.
A satisfação e felicidade que encheu o coração dos discípulos há dois mil anos é a mesma que estava enchendo os corações dos cristãos egípcios naquela tarde de sexta-feira, em meio à revolta popular. O Deus de tantos anos atrás é o mesmo Deus de hoje; as Palavras escritas naquele tempo são cumpridas na vida daqueles que O buscam com sinceridade: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.” 2 Crônicas 7.14
Ore pelo Egito
Na classificação de países que mais perseguem os cristãos, o Egito ocupa o 15º lugar. Embora os seguidores de Jesus tenham liberdade religiosa, estão sujeitos à discriminação por parte da sociedade e de representantes do governo. Hoje, o cristianismo abrange em torno de 11% da população, sendo considerada a maior população cristã nos países árabes. A maioria não possui Bíblia e tampouco treinamento.
Após a deposição do ditador Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, durante as revoltas da Primavera Árabe, a situação ficou indefinida no país até que Mohamed Mursi, membro do Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político da Irmandade Muçulmana, assumiu o Governo. No vídeo abaixo, saiba mais sobre a realidade dos cristãos que vivem no Egito. Interceda pelos nossos irmãos e irmãs nesse país.
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