Pastores evangélicos vêm sofrendo com a prática de grupos marginais na Colômbia, que sequestram filhos de líderes religiosos e fiéis exigindo valores em dinheiro ou a fuga das áreas onde estão instalados.
Em todo o mundo, a ausência do Estado permite, e estimula, o surgimento de organizações criminosas. No Oriente Médio, a falta de princípios como o Estado laico – que não adota nenhuma fé como oficial, mas protege a liberdade de culto a todos os cidadãos – permitiu o surgimento de grupos extremistas paramilitares como o Estado Islâmico, por exemplo.
Já na América do Sul, a coexistência do Estado com grupos terroristas, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), tem influenciado diretamente na liberdade, tanto religiosa como civil, de cristãos que vivem no país.
De acordo com informações da Missão Portas Abertas, pastores têm convivido com a rotina de negociar com sequestradores a libertação de seus filhos e também dos fiéis. Um dos casos narrados é o do pastor Maurício, que precisou abandonar a vila onde vivia em troca da liberdade de seu filho.
O líder evangélico – e acima disso, pai – foi ao encontro dos criminosos mesmo ciente de que poderia perder a vida e negociou a libertação de seu filho de 15 anos, aceitando a imposição de que deveria deixar a região.
Dias depois, o pastor Maurício mudou-se da vila com a família, e hoje, vivem em outra região, mais segura. No entanto, as sequelas foram inevitáveis: há o receio constante de serem alvo de uma nova ação de sequestro, e o adolescente ficou traumatizado com a experiência.
Nos anos 1990, as FARC eram vistas como uma força paralela no país, e perpetravam diversos ataques terroristas nas grandes cidades da Colômbia. Um acordo militar da Colômbia com os Estados Unidos para o combate ao tráfico de drogas resultou no enfraquecimento das FARC, que passaram a selar acordos de paz com o governo.
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