Escolher esperar pode ser a chave para um casamento sem sobressaltos graves que causem um divórcio. Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada por uma equipe da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.
O levantamento, usando dados dos levantamentos mais recentes da Pesquisa Nacional de Crescimento Familiar dos Estados Unidos, constatou que mulheres que tiveram apenas dois parceiros sexuais antes do casamento estão muito mais suscetíveis a um divórcio após cinco anos do que as que se mantiveram virgens.
A informação foi divulgada na última segunda-feira, 06 de junho, pelo responsável pela pesquisa, professor Nicholas H. Wolfinger. Por outro lado, o estudo descobriu que vem se tornando mais comum os casos de mulheres que tiveram 10 ou mais parceiros sexuais antes do casamento, segundo o Christian Post.
O estudo retrata uma mudança social profunda e aponta, de forma clara, que a aceitação ao sexo antes do casamento está cada vez mais tolerado e praticado entre os norte-americanos. A média constatada pelo estudo é que as pessoas estão mantendo relações sexuais com três pessoas diferentes antes do casamento.
“Pesquisas anteriores descobriram que ter múltiplos parceiros sexuais antes do casamento pode levar a casamentos menos felizes, e muitas vezes aumentam as chances de divórcio. Mas as atitudes e comportamentos sexuais continuam a mudar na América e foram alguns dos mais fortes preditores de divórcio nos anos anteriores”, observou o professor.
De acordo com Wolfinger, a maioria das mulheres que optaram por se manterem virgens, ou com apenas um parceiro sexual antes do casamento, citaram a religião como um fator de influência em sua decisão. “Uma das razões mais comuns para a abstinência sexual pré-marital é a religião e os dados da pesquisa apoiam tal interpretação. As mulheres que se casam virgens são muito mais propensas do que outras mulheres a irem à igreja pelo menos uma vez por semana”, disse.
“É também digno de nota que os casamentos nos quais os cônjuges eram virgens foram constatados como maioria entre as mulheres religiosas entre os anos 1980 e 2000. Além disso, durante os mesmos anos, a taxa de divórcio para casamentos nos quais as noivas se casaram virgens se mantiveram em queda. Esses resultados fazem sentido à luz do fato de que as pessoas que frequentam a igreja têm taxas de divórcio mais baixas do que as não-participantes”, acrescentou Wolfinger.
A aparente liberdade que inspirou as mulheres que optaram por manter relações sexuais antes do casamento traz consigo a possibilidade de ter muitos parceiros e escrever uma espécie de “biografia sexual”, pontuou o professor: “Claro, as mulheres aprendem sobre a viabilidade do sexo fora do casamento se elas têm múltiplos parceiros sexuais antes do casamento, mas com múltiplos parceiros, cada um representa uma pequena parte da biografia sexual e romântica de uma mulher. [Para elas] ter dois parceiros pode conduzir à incerteza, mas ter um pouco mais aparentemente leva a uma maior clareza sobre o homem certo para casar. Porém as chances de divórcio são mais baixas se não houver nenhum parceiro sexual antes do casamento”, destacou.
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