Depois de algumas décadas, no próximo mês de novembro, Mianmar terá suas eleições em todo o país. De acordo com a jornalista Robin McDowell, o presidente Thein Sein tem expressado sentimentos anti-muçulmanos por onde passa. Segundo os relatórios da Portas Abertas: "A situação da minoria muçulmana em Mianmar está complicada, em especial dos Rohingya, um povo marginalizado e perseguido, que ganhou destaque internacional recentemente, por motivações étnicas e religiosas. É bem provável que eles não irão votar, pois sequer são aceitos como cidadãos, apesar de viverem no país há várias gerações".
Enquanto o grupo budista radical Ma Ba Tha ainda está comemorando sua vitória de introduzir as leis que protegem a religião budista, novas medidas estão sendo tomadas para aumentar a influência budista, com o apoio de legisladores e da administração do país. O relatório da agência de notícias Mizzima, afirma que todos os proprietários muçulmanos de matadouros de bovinos, na região Ayeyarwady, perderam suas licenças aos concorrentes budistas.
Enquanto isso, outros líderes religiosos, incluindo os cristãos, temem futuros ataques contra outras religiões, como alguns que já foram noticiados pela imprensa, onde centenas de habitantes de Mansi, município do estado de Kachin, em sua maioria cristã, foram obrigados a fugir devido aos conflitos intensos. "Além dos cristãos de Mansi, cristãos de outras regiões tiveram que fugir, e muitos ainda continuam deslocados, alguns vivendo em campos e outros ao lado da fronteira chinesa. Será que as eleições podem mudar esse tipo de situação?", questiona um analista de perseguição.
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