Ativistas da comunidade muçulmana nos Estados Unidos pediram, no dia 21 de novembro, que o Congresso investigue a discriminação de minorias religiosas e étnicas nos aeroportos, depois de seis imames serem expulsos de um vôo em Minnesota.
Os seis líderes muçulmanos foram expulsos de um vôo nacional da companhia aérea US Airways no aeroporto internacional Mineápolis-St. Paul, por atividade suspeita.
Os imames foram algemados e interrogados durante várias horas antes de serem liberados, disse em comunicado o Conselho sobre Relações Americanas-Islâmicas (Cair, em inglês).
Segundo o grupo muçulmano, a atividade suspeita pode ter sido a oração vespertina dos muçulmanos no aeroporto, antes de embarcar no vôo 300 com destino a Phoenix.
Os tripulantes, passageiros e pessoal de segurança sucumbiram ao medo e ao preconceito com base em estereótipos dos muçulmanos e do Islã, queixou-se Nihad Awad, diretor-executivo do Cair.
A organização tem recebido denúncias de muçulmanos em todo o país, que foram vítimas de discriminação em vôos. O incidente em Minnesota se baseou em preconceitos e não numa verdadeira ameaça à segurança dos passageiros, ressaltou Awad.
Por isso estamos pedindo que o Congresso realize audiências para estudar a discriminação racial, étnica e religiosa nos aeroportos de nossa nação, insistiu Awad.
O comunicado acrescentou que os religiosos tinham participado de uma conferência da Federação de Imames da América do Norte, em Mineápolis. Eles desmentiram as informações de que se negaram a abandonar o avião e de que cantaram Alá enquanto eram expulsos.
A US Airways se negou a permitir que os imames pegassem outro avião, e também não ajudou a conseguir bilhetes em outra companhia aérea, disse a Cair.
Os seis passageiros voaram pela companhia aérea Northwest.
Uma porta-voz da companhia aérea disse que um passageiro tinha reclamado da presença dos imames, mas não deu mais detalhes.
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