A indicação do Partido Social Cristão (PSC) do nome de Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados tem gerado polêmica no meio político e cristão.
O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) foi o primeiro a se manifestar contrariamente, mas as críticas foram reforçadas pelo apresentador do CQC, Marcelo Tas. Porém, há setores no meio cristão que também se opõem à indicação de Feliciano para o cargo.
A Rede Fale, um movimento cristão que desenvolve trabalhos e campanhas contra injustiças sociais e expressão de pensamentos políticos, como no caso da campanha contra o voto de cajado, em que se posicionou contra a prática comum do meio evangélico de pastores indicarem candidatos.
“Para a Rede Fale, é fundamental que a Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados seja ocupada por alguém com profundo compromisso com os Direitos Humanos, por isso se posiciona contra a indicação de Marco Feliciano para o cargo”, diz o texto da campanha lançada no Facebook.
Demonstrando sua determinação em expressar o posicionamento contrário à eventual presidência de Feliciano na Comissão de Direitos Humanos, a Rede Fale criou um abaixo-assinado pedindo que o PSC indique outro nome para o cargo.
A intenção da Rede Fale é colher duas mil assinaturas, e até o fechamento desta matéria, haviam sido coletadas 729.
A justificativa do movimento é que Feliciano nunca desenvolveu nenhum trabalho parlamentar “que o habilite para assumir este cargo, correndo grande risco de representar de maneira equivocada diferentes segmentos da sociedade que ainda experimentam a violação de seus direitos”.
Algumas frases polêmicas de Marco Feliciano também foram alvo de críticas do movimento: “Preocupa-nos também certas afirmações do Deputado nas redes sociais e em pregações disponíveis no YouTube. Declarações como ‘Africanos descendem de ancestral amaldiçoado de Noé’, ou ‘AIDS é o câncer Gay’, não condizem com a postura pública de um parlamentar e denotam preconceito e discurso de ódio inadmissíveis”.
Frente às manifestações contrárias à sua indicação e ameaças de morte, o pastor Marco Feliciano criou em seu site um abaixo-assinado a seu favor, que até o fechamento dessa matéria, continha mais de 59 mil adesões.
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