O Ministério Público de Goiás quer que a Justiça multe a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) da cidade de Catalão em R$ 50 mil por causa da poluição sonora causada pelos cultos no templo.
A iniciativa do promotor Roni Alvacir causou revolta aos fiéis, que no último domingo, 17 de maio, se reuniram em frente à sede do Ministério Público e fizeram um protesto com faixas, cartazes e um carro de som.
A ação do MP ocorreu após os vizinhos do templo reclamarem do barulho em excesso durante os cultos. Ainda sem data para ser apreciada pela Justiça, a ação já causou mudanças. O pastor da denominação, Elton Quirino, após ser notificado pela Justiça, disse que os ajustes necessários já haviam sido feitos.
“Eu cumpri absolutamente em dia o prazo que a Justiça me deu para fazer a contenção do som na igreja. Foi uma empresa profissional que fez o trabalho para nós. Essa ação civil pública contra a igreja foi depois que tudo já estava pronto”, queixou-se, em entrevista ao G1.
Para os frequentadores, o que está acontecendo é uma perseguição religiosa: “Teria tantos outros meios de serem processados, tantas festas que são feitas na cidade que não recebem um processo. E a igreja do senhor Jesus, que adora a Deus, está sendo processada pelo seu barulho, pelo seu louvor a Deus”, opinou o pintor Sivaldo Moraes, membro da IEQ.
Para a fiel Luciene Oliveira, formada em administração, a multa que o MP pediu na ação é abusiva: “É uma igreja que não vai contra a lei, cumpre o que a lei manda, tanto que o pastor fez a contenção do som. O som não está saindo ou incomodando. Queremos dizer que a igreja não é contra a lei, mas sim contra os abusos da lei”, pontuou.
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