O Ministério Público Estadual (MPE) do Mato grosso instaurou inquérito para investigar possíveis irregularidades no repasse de R$ 193 mil, liberado pelo o secretário de Estado da Cultura, João Malheiros (PR) à igreja evangélica Assembleia de Deus de Cuiabá.
A verba cedida por Malheiros foi utilizada para o “Projeto Cultural e Histórico do Centenário das Assembleias de Deus”, evento que comemora o centenário da denominação o Brasil, considerado pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC) um evento de cunho cultural e social. Agora o MPE vai investigar se houve irregularidades na liberação do valor pela SEC à Convenção Regional dos Ministros Evangélicos das Assembleias de Deus (Cormead-MT).
As investigações preliminares mostram que o valor total era de R$ 212,3 mil no convênio (n°011/2011/SEC) de Malheiros com a Cormead-MT. As investigações do MPE serão focadas, principalmente, na origem do montante, visto que o dinheiro pode não ter saído do fundo de fomento à cultura. O promotor de Justiça Célio Joubert Fúrio alega que a verba liberada é muito alta para o tipo de evento religioso realizado.
Segundo o Diário de Cuiabá, o ministro se defendeu afirmando que o recurso não é indevido e que o governo, através da SEC, fomenta atividades culturais. Ele afirmou ainda que “o próprio Ministério Público aprovou a questão das manifestações de cunho gospel”.
Além de Malheiros, o inquérito investiga também nomes como o do pastor e presidente da convenção do ministério de Madureira em Mato Grosso, José Fernandes Corrêa Noleto.
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