Milhares de manifestantes pró-governo estão reunidos na praça central de Teerã, no Irã, em comemoração ao 31° aniversários da Revolução Islâmica e para ouvir o discurso do presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad, que começou a falar por volta das11h locais (5h30 em Brasília). Ahmadinejad criticou o ocidente e defendeu o programa nuclear, afirmando que ele será usado para fins pacíficos, segundo a rede americana CNN.
O presidente também disse que seu país tem capacidade para enriquecer urânio até 80%, mas por enquanto não está interessado em chegar a esse nível, e caso estivesse produzindo uma bomba nuclear, o país é "suficientemente valente" para "anunciarantecipadamente", segundo a agência de notícias Efe.
Muitas pessoas carregam bandeiras do Irã e faixas com os retratos do aiatolá Ruhollah Khomeini, o fundador do Estado islâmico, e do seu sucessor como líder supremo, aiatolá Ali Khamenei.
De acordo com a agência Associated Press, a oposição prometeu que faria manifestações, porém testemunhas ouvidas pela agência dizem que há centenas de policiais no centro de Teerã para evitar possíveis protestos. O governo alertou para que os opositores ficassem longe das celebrações, afirmou a rede americana CNN.
Testemunhas relataram a Associated Press que a polícia reprimiu o protesto de pessoas que gritavam slogans da oposição em uma praça a um quilômetro da praça onde o presidente discursava.
Segundo a agência Reuters, um site contrário ao regime de Ahmadinejad afirma que o líder da oposição Mehdi Karoubi foi atacado por forças do governo durante um comício em comemoração ao aniversário da Revolução Islâmica. Homens teriam quebrado a janela do carro de Karoubi e ele estaria ferido. Ainda não há confirmação sobre o fato.
A polícia iraniana prendeu nesta quarta-feira jornalistas e opositores como medida preventiva para evitar um cenário de protestos e distúrbios na celebração. Do outro lado, sites da oposição, que conseguem burlar o rígido controle do governo, convocaram os reformistas a voltarem às ruas.
O governo quer evitar as cenas de violência e tensão que seguiram a eleição em junho passado e ainda mais críticas da comunidade internacional --em meio à campanha por uma nova rodada de sanções contra o país pelo anúncio de enriquecimento de urânio.
Para impedir a oposição de se organizar e enviar imagens para fora do país, as autoridades iranianas reduziram a velocidade da internet em todo o país desde ontem e estão dificultado, principalmente, o acesso às contas de e-mail. A imprensa internacional é proibida de cobrir os manifestos, ignorados pela imprensa estatal.
Mesmo com os obstáculos, o Irã estava entre os assuntos mais falados do Twitter ("trending topics") por volta das 6h desta quinta-feira (11h30 no horário local). Alguns usuários da rede social relatavam confrontos entre oposição e forças governamentais, porém ainda não há confirmação.
Prisões
Segundo o jornal pró-reformista "Etemad", nas últimas 48 horas foram detidos cerca de 15 estudantes e três jornalistas. Dias antes, outros dois jornalistas já tinham sido detidos.
Na contagem do "Etemad", os novos prisioneiros elevam para 65 o número de jornalistas e blogueiros detidos no Irã nos últimos meses. O número é confirmado pela organização Repórteres sem Fronteiras.
Segundo a imprensa reformista, parentes dos principais líderes da oposição também sofrem com a repressão do regime islâmico. Saleh Noghrekar, sobrinho do candidato presidencial derrotado Mir Hossein Mousavi e coordenador do escritório de aiatolá Dori Nyafabadi, também foi detido.
Na noite desta terça-feira, agentes da Alfândega apreenderam o passaporte de Hossein Karoubi, filho do também opositor Mehdi Karoubi, quando aquele desembarcou no Aeroporto Internacional Imame Khomeini vindo de Dubai. Hossein agora terá de se apresentar no Ministério da Inteligência no prazo de 48 horas para responder a uma série de perguntas, afirma o "Etemad".
Diante da nova onda de detenções, a oposição parlamentar programou para esta quarta-feira, em caráter de urgência, uma sessão especial para debater o assunto.
Pressão externa
Confrontos no dia de celebração da Revolução serão vistos como um duro golpe ao governo linha-dura de Teerã, que já enfrenta crescente pressão internacional depois de ter anunciado a expansão de seu programa nuclear com a construção de dez usinas até 2011 e o enriquecimento de urânio a 20%.
Com agências internacionais
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