A UN Watch, ONG que denuncia condutas temerárias das Nações Unidas está denunciando a escolha da Arábia Saudita para fazer parte da Comissão dos Direitos das Mulheres, mesmo sendo o “regime mais misógino do mundo”.
A comissão oficialmente tem por objetivo “promover a igualdade de gênero e os direitos das mulheres”, embora o reinado saudita, que segue a lei religiosa islâmica, sabidamente restrinja ao máximo a atuação das mulheres em seu território.
Hillel Neuer, diretor da UN Watch, afirma que “Eleger a Arábia Saudita para proteger os direitos das mulheres é como escolher um incendiário para ser o chefe dos bombeiros”. Ele considera a escolha – que teve apoio de 47 países dos 54 que participaram nesta eleição – “um absurdo”.
A Arábia Saudita é o único país do mundo em que mulheres não podem dirigir. Elas também estão submetidas a um sistema de tutela que as obriga a pedir autorização a homens para praticamente tudo.
Neuer enfatiza que as mulheres sauditas “são obrigadas a ter um guardião masculino que toma todas as decisões fundamentais em seu nome, controlando a vida da mulher desde o nascimento até sua morte”.
A Arábia fará parte do Conselho até 2022. Sua escolha coincide com sua entrada este ano no Conselho da ONU para os Direitos Humanos, que também cuidaria do combate à discriminação e violência de gênero.
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