A candidata à presidência Marina Silva (PSB) comentou o escândalo de desvio de dinheiro da Petrobrás trazido à tona pelo ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa durante depoimentos à Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga lavagem de dinheiro e propinas envolvendo a estatal.
Marina Silva criticou o PT, mas evitou responsabilizar diretamente a presidente da República Dilma Rousseff durante entrevista concedida nesta segunda-feira, 08 de setembro, em São Paulo.
“A presidente tem responsabilidade política. Eu não seria leviana de levar o caso pessoalmente. Não vou ganhar nenhuma eleição a qualquer preço”, disse Marina, deixando claro que não se pode acusar sem provas.
O falecido Eduardo Campos, que liderava a chapa da coligação Unidos pelo Brasil, foi um dos 30 nomes mencionados por Costa durante as mais de 40 horas de depoimentos prestados à PF. A existência da lista de nomes foi revelada numa reportagem da Veja, e apesar da falta de detalhes na matéria, a revista informou que ministros e deputados federais estão entre os apontados pelo ex-diretor.
Questionada se sairia em defesa de Campos, Marina adotou postura coerente com seu discurso anterior ao episódio, dizendo ter compromisso com “a verdade dos fatos” e que é preciso fazer uma investigação “rigorosa” para encontrar os culpados, “doa a quem doer”.
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente fez duras críticas “ao atual governo”, dizendo que a equipe da presidente Dilma Rousseff foi “conivente” com a corrupção na petroleira brasileira.
Num elogio à PF, Marina lembrou que durante seu mandato à frente do Ministério do Meio Ambiente, a corporação a ajudou a desmantelar quadrilhas que exploravam o desmatamento ilegal da Amazônia. Ao final da entrevista, a candidata mencionou um trecho do versículo 32 do capítulo 8 do livro de João para dizer o que espera das investigações: “Conhecereis a verdade e ela te libertará”.
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