Marcos Pereira recebia dízimo do tráfico, diz traficante
O depoimento foi dado depois que o Prudêncio passou a ser ameaçado pela facção que controla o Complexo do Alemão
O pastor Marcos Pereira, fundador da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD) voltou aos noticiários. Dessa vez ele aparece em um depoimento de um ex-gerente do tráfico do Complexo do Alemão.
O traficante Prudêncio Barbosa, 35 anos, que está preso em Bangu 9, no Rio de Janeiro, disse em depoimento que Pereira não é pastor, mas homem de confiança de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP.
“Pastor Marcos, que não é pastor, é homem de confiança do Marcinho com a sociedade, já matou pessoas com o Marcinho”, disse ele.
Prudêncio disse também que o fundador da ADUD, que está preso desde maio deste ano condenado por estupro, lavava o dinheiro do tráfico e também limpava a imagem dos traficantes do Rio.
O áudio do depoimento foi divulgado pela revista Veja e também pela Rádio CBN. No depoimento o bandido diz que está sendo ameaçado pela facção de Marcinho VP e por este motivo estaria denunciando os crimes que o bando já cometeu.
Pereira receberia o dízimo dos R$3 milhões semanais que o tráfico arrecada só no Complexo do Alemão. E é com esse dinheiro que o pastor pagaria as despesas da igreja.
“Ele pega esse dinheiro, leva pra igreja. A igreja paga dízimo, é ali que o dinheiro vem sendo lavado. É dessa forma, através do dízimo, cultos, aquele dinheiro que entra do Marcinho é lavado dessa forma. O que é da igreja, imóveis, essas coisas, é dinheiro do Marcinho, mas não conseguem pegar porque está no nome da igreja.”
O depoimento de Prudêncio foi dado em 10 de setembro e só agora chegou à imprensa.
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