Marco Feliciano fala sobre homossexualidade e política no Agora é Tarde
Parlamentar participou do programa na madrugada de quarta-feira.
O pastor Marco Feliciano, deputado federal pelo Partido Social Cristão de São Paulo (PSC-SP), voltou à mídia nesta quarta-feira (23) após deixar a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Feliciano participou do programa “Agora é Tarde”, apresentado pelo polêmico humorista Rafinha Bastos. Logo que anunciou sua participação milhares de internautas se dividiram sobre o pastor conceder ou não conceder a entrevista a Rafinha. Muitos internautas acreditavam que o humorista poderia prejudicar a imagem do pastor com suas piadas de dúbio sentido.
Ainda assim, a participação do líder da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento não causou constrangimentos. Feliciano falou sobre os temas recorrentes e fez algumas revelações sobre sua vida pessoal.
Rafinha iniciou a entrevista questionando o parlamentar sobre o sumiço na mídia. Para o pastor o que houve foi uma tentativa de usá-lo como bode expiatório, mas como não tiveram resultado, quando a imprensa parou de falar sobre sua estada na CDHM, Feliciano diz que houve as grandes manifestações no Brasil contra o Governo.
O apresentador também questionou Feliciano se sua rejeição na CDHM não teria sido motiva por suas posições polêmicas. Para Feliciano esta rejeição é de um grupo minoritário que representa 3% da nação, enquanto que 90% da população manifestava apoio às suas opiniões.
Rafinha Bastos questionou Feliciano sobre sua opinião quanto a homossexualidade e afirmou que o Movimento LGBT “extrapola as vezes até para mostrar sua causa de maneira mais veemente”.
“A conclusão que eu cheguei é que o homossexual em si é um fenômeno de comportamento. A pessoa não nasce, porque não existe o gene gay, a ciência não conseguiu descobrir até hoje. Então é um fenômeno comportamental. O próprio movimento chama de orientação sexual. Se é uma orientação pode haver uma reorientação ou até uma desorientação”, comentou o parlamentar.
Para o pastor o único profissional que poderia estudar o comportamento homossexual é o psicólogo, porém no Brasil o Conselho Federal de Psicologia proíbe os profissionais da área de abordarem o tema.
Para a surpresa do público evangélico o apresentador chegou a citar passagens bíblicas que tratam sobre a questão da homossexualidade. Rafinha Bastos lembrou a passagem em Apocalipse sobre os que entrarão no reino dos céus citando os afeminados como sendo aqueles que serão impedidos.
O apresentador encerrou a participação de Feliciano em um quadro onde o parlamentar deveria escolher aquelas pessoas que ele coligaria e aquelas que ele não concorda com a opinião e por isso não coligaria.
Marco Feliciano disse que não coligaria com a presidente Dilma Rousseff. Apesar de não explicar os motivos Feliciano tornou-se um crítico do Governo por considerar que foi usado pelo mesmo como bode expiatório. Nas eleições de 2010, Feliciano chegou a fazer campanha em favor do Partido dos Trabalhadores.
Ao apresentar a ex-ministra Marina Silva o parlamentar também rejeitou uma possível coligação, pois para ele Marina traiu os princípios cristãos. O parlamentar lembrou que em 2010 a candidata Marina Silva conquistou mais de 20 milhões de votos, sendo uma surpresa nas eleições presidenciais, mas acabou não opinando sobre questões morais. Marco Feliciano também lembrou que durante a participação da ex-senadora no programa Roda Viva ela acabou dando uma resposta dúbia sobre o criacionismo. Na época Feliciano chegou a publicar um artigo criticando Marina Silva.
Entre outras personalidades o parlamentar disse que coligaria com a jornalista do SBT, Rachel Sheherazade, âncora do telejornal “SBT Brasil” que se envolveu em uma polêmica após defender a ação de cidadãos no Rio de Janeiro contra um bandido.
Para Feliciano a jornalista é uma das poucas vozes que representam o pensamento da sociedade. Sheherazade foi proibida de expressar opiniões após perseguição política sofrida pelo SBT.
Rafinha Bastos também criticou a censura à jornalista e disse que a jornalista representa o pensamento de muita gente.
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