Um pastor da Igreja de Cristo da Nigéria (ICN) e 48 membros de sua igreja estavam entre as duzentas pessoas mortas numa recente explosão de violência religiosa que envolveu o Estado centro-nigeriano de Plateau. O pastor Samson Bukar morreu no dia 23 de fevereiro quando militantes muçulmanos atacaram sua igreja na cidade de Yelwa, na área de Shendam do governo local. As outras vítimas tinham fugido para a igreja em busca de refúgio quando as gangues muçulmanas agitaram a cidade, matando cristãos e incendiando suas casas.
No dia 4 de março, no dia seguinte ao culto fúnebre do pastor assassinado, o secretário geral da ICN, John Audu disse à Portas Abertas na cidade de Jos que bandidos muçulmanos incendiaram duas outras igrejas.
Mais policiais e soldados foram mandados para as áreas afetadas, disse o comissário de polícia do Estado de Plateau, Innocent Ilozuoke. Recebemos também relatos de que treze pessoas foram mortas no vilarejo de Karkachi e outras dezoito no vilarejo de Tunga.
Além disso, Ilozuoke confirmou que 150 pessoas foram mortas na cidade de Garkawa, na área local de Mikang do governo.
O comissário informou que a polícia havia prendido 59 militantes suspeitos de executarem a violência.
O conflito irrompeu no dia 12 de fevereiro no vilarejo de Mavo, na área local de Wase do governo e espalhou-se para outras cidades e vilarejos. A violência jogou muçulmanos contra cristãos e resultou na destruição de propriedades avaliadas em milhões de dólares.
Alhaji Saidu Musa, presidente da Comissão de Gerenciamento de Transição de Wase, e Malam Ibrahim Adamu, oficial de informação do Conselho do Governo Local de Wase, confirmou a morte de quinze pessoas em Mavo. Os oficiais, ambos muçulmanos, manifestaram tristeza pela explosão de hostilidades.
O Sr. Edward Zhatau, o Ponzhi Tarok (monarca cristão) da cidade de Langtang, disse que as violências retomadas entre muçulmanos e cristãos resultaram de ataques a refugiados cristãos em Mavo. Os refugiados cristãos tinham voltado para reconstruir suas casas e foram atacados pelos muçulmanos, disse Zhatau às autoridades do Estado.
A crise de três semanas desalojou milhares de refugiados. A Cruz Vermelha nigeriana informou que mais de vinte mil pessoas desalojadas fugiram para as áreas de Tafawa Balewa e Bogoro no Estado vizinho de Bauchi.
O conflito entre muçulmanos e cristãos irrompeu em Plateau no dia 7 de setembro de 2001. Várias crises ocorreram desde então em diferentes partes do Estado centro nigeriano, que serviu como posto avançado da atividade missionária cristã para o norte da Nigéria.
O Estado de Plateu tem uma população de 2,1 milhão de habitantes, dos quais cerca de 80% são cristãos. É o único Estado predominantemente cristão numa área dominada pelo islamismo.
Em uma declaração publicada no dia 3 de março, ativistas do Movimento Progressivo do Cinturão Médio (MPCM) acusaram os líderes muçulmanos de importar mercenários das Repúblicas do Chade e do Níger para atacarem cristãos nas zonas de conflito.
Até agora, sabe-se que bandidos muçulmanos estrangeiros mataram bem mais de cinqüenta pessoas inocentes em suas casas e suas terras, além de um grupo de crentes que foram massacrados dentro de sua própria igreja, dizia a declaração.
O documento do MPCM lamentava a inabilidade do governo nigeriano de checar a ameaça do fundamentalismo islâmico no país. A facilidade com que os bandidos muçulmanos entraram no país e executaram suas nefastas atividades deixa o indício de uma alta conivência com os que podem ser descritos como patrocinadores e protetores em certos Estados da Nigéria, dizia o documento.
Em um programa de rádio e televisão de 2 de março, o governador do Estado de Plateau, Joshua Dariye confirmou a participação de militantes muçulmanos estrangeiros nos ataques. Nas três semanas anteriores, disse Dariye, o governo havia gasto perto de 1 milhão de dólares em suprimentos para ajudar os refugiados das zonas de conflito.
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