Maioria dos brasileiros não aprova líderes religiosos como políticos, diz levantamento
Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), apenas 28,5% dos entrevistados votaria em um membro de sua igreja caso se candidatasse.
A pesquisa da CNT relatou que os dados coletados resultaram em um total de 57,8% de pessoas que não aceitam a participação de religiosos na política, conforme veiculado pela versão online da revista Exame.
Mas apesar do grupo contrário, as pessoas a favor da entrada de cristãos na legislatura do país formam um número bastante representativo, já que 38,7% dos entrevistados se mostraram a favor da eleição de religiosos.
Outro registro também indicou que uma parcela significativa do país votaria a favor de membros de suas igrejas, caso se candidatassem a algum cargo. A maioria, um total de 66,2%, respondeu que não, mas ainda assim 28,5% se mostrou de acordo com a possibilidade.
Durante o levantamento, 2 mil pessoas responderam as perguntas, dentro de 135 municípios do país, em 21 estados, entre os dias 31/8 e 4/9 deste ano, segundo a fonte.
Atualmente, o grupo religioso que constitui com maior intensidade a proposta de defender os interesses da população cristã do país é a Frente Parlamentar Evangélica, com 78 integrantes no Congresso Nacional, cerca de 15% do total de 513 deputados da casa.
O crescimento da participação de grupos religiosos na política tem sido evidente e o reflexo disso pôde ser observado em um debate recente promovido pelo espaço online Brasil Religioso, que levantou qual seria a probabilidade da entrada de um representante evangélico na Presidência da República.
Por conta de seu apelo popular, após receber 200 mil votos na eleição de 2010, o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) inclusive já mostrou interesse em estudar a possibilidade de aderir ao principal posto do Poder Executivo.
“Se algum partido me desse essa legenda, eu entraria nesse barco. Porque eu acredito que é possível. [...] Isso é promessa bíblica! Bendita é a nação cujo Deus é o Senhor”, destacou o pastor.
Durante as décadas de 1950 e 1970, o Brasil teve dois presidentes protestantes: Café Filho, presidente entre os anos de 1954 e 1955, membro da primeira Igreja Presbiteriana de Natal (RN); e Ernesto Geisel, luterano e que governou o país entre 1974 e 1979.
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