O juiz federal Sérgio Moro deu sua primeira entrevista coletiva após ser nomeado ministro da Justiça. Nesta terça-feira, 6, na sede da Justiça Federal em Curitiba, destacou que decidiu assumir a pasta não por um projeto de poder, mas “por um projeto de tentar fazer a coisa certa”.
Famoso pela condução da Operação Lava Jato, ele minimizou as críticas de petistas sobre sua indicação pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. “A ideia aqui não é um projeto de poder, mas sim um projeto de fazer a coisa certa num nível mais elevado, em uma posição que se possa realmente fazer a diferença e se afastar de vez a sombra desses retrocessos”, destacou o magistrado.
Explicou ainda que seu objetivo é realizar no Executivo “o que não foi feito nos últimos anos e buscar implantar uma forte agenda anticorrupção”. Disse ainda que se dedicará também a “uma forte agenda anticrime organizado”.
Moro respondeu cerca de 20 perguntas na coletiva que durou pouco mais de uma hora.
Prisão de Lula
Uma das primeiras questões foi sobre a prisão do ex-presidente Lula e rejeitou todas as acusações levantadas por partidos de esquerda de que teria atuado para favorecer a candidatura Bolsonaro. “O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado e preso, porque ele cometeu um crime e não por causa das eleições”, assegurou.
Lembrou ainda que apenas proferiu a primeira decisão. Que posteriormente foi confirmada pela Corte de Apelação, “em um painel de outros 3 juízes” . O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) aumentou a pena do ex-presidente para 12 anos e um mês de prisão. Moro tinha pedido 9 anos e seis meses pelo caso do triplex.
O juiz mencionou também que na operação Lava Jato, políticos de vários espectros, “não só do Partido dos Trabalhadores, políticos que também receberam valores nesse esquema criminoso que representou uma verdadeira captura da Petrobrás, prejuízos estimados apenas com custo direto de propina são da ordem de R$ 6 bilhões”.
Encerrou o argumento deixando claro que “Não posso pautar a minha vida com base numa fantasia, com álibi falso de perseguição política”.
Novas forças-tarefas
Apelidado de “superministro da Justiça” por conta do tamanho da nova pasta, que deverá reunir vários órgãos além da Polícia Federal sob seu comendo, Moro disse que pretende criar forças-tarefas ao estilo da Lava Jato.
Seu projeto é “avançar na pauta do enfrentamento não apenas à corrupção como ao crime organizado”, mas não deu detalhes de como o ministério passará a operar a partir de 2019.
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